Da vida nada se leva. Dos dias tortos, das vontades mal entendidas. Nas embarcações sempre tão guerreiras, sobe o mais forte e sábio. Os outros, que fiquem na praia. Assim poderiam dizer. Tantos ditos populares. Tantas maledicências. Indecências mesmo.
Explicações insuficiente para dar luz aquilo tão misterioso. Jogadas palavras fora, tantas noites de inspiração, tudo revirado no armário, livros, roupas, sapatos e palavras. Tantas que voavam pela janela. Você era uma fonte; transbordava-me inspirações, imagens, saberes. E eu era como a própria noite. Quieto, sereno, negro. Essa minha casinha de cartas. Estou num mal dia. Mal humor talvez, coisa que sabe que não tenho. Dor de cabeça e sono. Será só isso? Enquanto o sol vai indo, aos poucos, pelo dia, pareço perder pedacinhos.
Estou todo de preto hoje. Foi despretencioso. Não poderia ter combinado mais.
1 comment:
dry the rain...
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