Tuesday, July 08, 2008

Flower Rain

Eu quero enfeites de rosas. Guirlandas coloridas, pétalas espalhadas e cabos sem espinhos. Eu quero enfeites de rosas. Como cordas de violão, na chuva do verão passado, nas árvores, no jardim, enfeites de rosas. Brincar de escolher pela pétala, o nosso destino. As margaridas tão simples, tão delicadas. Roseirais na janela. É tudo tão sentimental, essa coisa de querer rosas, de querer o adorno mítico.
Enfeitado de rosas. Deitado sobre as pétalas tão macias, na penungem quase imperceptível. Nada mais simples do que isso. No fundo, o que parece ser o mais complexo quebra-cabeças, não passa de uma simples solução. Nos meus lábios, no meu corpo e na realidade, tornemo-nos flores.
Eu quero enfeites. Enfeites na minha roupa, no meu banho, na minha cama. As paredes pintadas, cores outras, e aquele som de zumbido. A nossa imensidão. A imensidão do querer. Do poder. Sentir e ainda assim trair o destino.
Eu quero enfeites. Quero ser enfeitado. Confeitado. Com sabor de vento, de cordas, de flores silvestres. Eu quero ser enfeite.

1 comment:

Luiz Zonzini said...

na cabeça ser flor, na fronte, coroa de pétalas. o cheiro mais lindo, vento perfumado assim.
cor e ramalhete.
acácia.