Poucos têm; aquela antiga sensibilidade que se perdeu no crescer das franjas, no sorriso - aprendido - forjado, na brincadeira de pular e no olhar sem remorso. Pouco têm a habilidade nas mãos em montar luzes e abrir livros infantis como se fosse ainda criança intacta. Poucos têm a força portentosa, visceral e ainda tão sensível de escrever palavras tão unidas na grandeza e na graça. O ato de escrever. Poucos conservam a técnica uníssona de gestar idéias e parir discursos.
Poucos têm.
A sede pelo que é amor, pelo que é puramente genuíno. Poucos me disseram que "precisamos de pouco para sermos felizes" e, quando disseram, poucos tiveram razão. Poucos me dizem aquilo que estão na borda dos olhos, sem medo e sem receio do efeito. Ele tem. Tem isso, pelo que transborda de algo ainda, e raro, intocado pela maldade. Mas tem outras coisas.
Poucos têm a capacidade de se tornarem surpresas. Ele se tornou; uma grande surpresa e eu disse "ele é a surpresa do ano". O bom sentido, aquele que não se acha aos montes, é onde reside aquele de quem falo. Falo e digo pouco ainda. Isso é só uma homenagem. Pouco, meio efêmera, mas é que sou capaz. A ele, seriam redondilhas, e muitos outros sonetos ou poemas. Pelo seu espírito, seria então um verso livre. Isso, ele seria um verso livre, na poesia translúcida para aqueles que sabem ouvir o cantar de poucas rimas - esse é o truque. A poesia, a poesia, está nas poucas rimas que se engrandecem no ritmo poético que perpasse vida e palavra.
Poucos têm o verso livre. Ainda com aquela franja e o passar do tempo. Eu ainda estou aprendendo.
Foi uma vontade que tive em montar palavras para alguém que tem muitas coisas que poucos têm. Isso porque o menino do robozinho, não sabe, mas ele é maior que a altura de muitos mitos que andam soltos.
Ao Tato, na surpresa do ano, na amizade tão ímpar.
3 comments:
Não sei. Mas me parece que esse é um bom lugar, sabia? Os cantos são bons lugares para estacionar, observar vida em mim e em vós. E é bom saber que, se sou visto daqui do canto, existem alguéns iguais: aí nos reconhecemos, e nos entendemos, sem superficialidade ou nenhum tipo de nada que é forçação.
Fico vivendo sem achar que sou uma surpresa assim tão boa.
Mas aceito assim por meus queridos engrandeço tanto a ponto de ficar parecido com aquele que em mim é visto.
Muito obrigado pelas palavras.
Emocionado.
Tô tão orgulhoso de vocês que... chuif... ai, um cisco!
Orgulho imenso de fazer parte disso!
Bjo enorme!
Ele deixou de ser o Boy das comidas gordurosas com lápis no olho e olhar desconfiado...
Passando para o que nem olhava
pra se tornar o lego mais legal do mundo, o homem de barba por fazer por causa da sua falta de tempo pelo sugamento da vida intensa e ao mesmo tempo organizada que ele leva
e principalmente...
pra me lembrar o tempo todo, o que é de verdade ter um coração... E como usa-lo full time!
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