Friday, July 20, 2007

A seta e o alvo

Não me lembro quando. Dia, hora, mês. Não lembro. Talvez eu tenha dito algo desnecessário e ele não gostou. Teve uma segunda vez. Precisa de datas?
Eu já sabia o que acontece quando dois escorpiões se encontram. Eu sabia, mas não sabia. De encontro, sem venenos, ele veio, e foi rápido como um golpe. Sem fogo ao redor para fugirmos, entrelaçamos as couraças pretas e lustrosas.
Perdemos o instinto. E riso, muito riso. Ele me fez enxergar partes em mim que estavam escondidas entre escombros e naquela minha antiga falta de prática e razão. Ele me deu isso.
Hoje, ele tem um significado grande nessa minha pequena, mas feliz, vida. E eu nunca disse. Sou meio elefante. Mas ele tem. Ele é esperto, adora o Moska e por isso eu fui o alvo do bom gosto dele. E ele a seta. Dois escorpiões. Eu digo pouco o que acho dele. Queria um lousa para desenhar traços infinitos de carinho para esse menino que me invadiu com a risada gostosa. Infinito também porque ele ainda não sabe, mas a vida quer ele para sempre. É raro, sabe? Encontrar um Mario por ai. Raro, raríssimo. Encontrar um Mario como esse: coração de luz; ele espelha essa luz para a gente. POde ser só um sorriso daqueles gostosos que ele dá. Pode ser aquele jeitinho de abraçar - como um ursinho - e pode ser quando ele se transforma nos conselhos assertivos. Minha parte bem masculina. É raro. É raro encontrar por aí qualquer fragmento que seja de um Mario. Ele não sabe ainda, mas tem muita coisa chegando na vida dele. Mudanças. Mudanças boas. Estou sempre torcendo. Pareço bobo. É raro.
Eu fui o alvo dessa seta. Ele será o alvo da minha seta. Dois escorpiões que se completam, como aquele símbolo chinês-japonês. Ele é raro. No meu coração tem uma estrela de 4 pontas. Ele sabe que é uma delas. Sem ele, perco o brilho. Com ele, engrandeço meu brilho, porque ele, raro que é, de coração luminoso, triplica a luz do mundo.
Ele é, para mim, o meu biscoito, para outros tem muitos nomes, para todos ele é o Mario.

3 comments:

Luiz Zonzini said...

Surgem códigos secretos, e um entende ao outro. Do apoio e do abraço até os potes de sorvete.
A delícia que é dizer - Mário? Mas que Mário?
Você conhece o Mário?

- Sim. Eu conheço.

Anonymous said...

Vi... já falei que responderei à altura... mas no momento, só o que sai é "Já disse que te amo hoje?"
Escorpiano felaaaaaaaa!!!

Cranmarry said...

Eu to aprendendo a conhecer..
a me conhecer, a me ver com um espelho cristalino, a me duvidar

Eu amo, loucamente!
respeito da mesma forma!
só não o chamo de biscoito pq prefiro comparar o seu sabor a outras, menos simples, mais nobres! Assim como ele é!