Sunday, July 29, 2007

Da Paixão, Parte II

Variáveis de si mesmo. Em meados de frio e calor, variáveis de um só. Quantos podemos ser dentro de um sentimento? Infinitas possibilidades. Sem motivo ou razão aparente, qual a diferença entre um critério e outro? Sem resposta.
É rápido como uma nota musical. Falo de música sem conhecer. Apaixonar-se é antes abdicar da personalidade; transformar-se naquilo que podemos ser, ou seja, ser o melhor. Mas esse melhor pode e poderá ser também um risco de jogo. Jogar com a personalidade é também ter 50% de chance de perdê-la. Perdê-la dentro de um ritmo veloz e maquiavélico. Somos assim, divisíveis para melhor atender. É o que me parece.
Dentro da paixão, há, inevitavelmente, esse jogo de mostrar-se a cada round. Sim, esse é o risco. A paixão, por fim, é consumada, quando todas essas personas resultam em apenas uma: quem realmente somos. É quando a máscara cai, deliciosamente, e a face verdadeira aparece. Bom ou ruim já se está apaixonado. Não tem volta.
Recaímos na jogatina. A máscara cai e recomeça o jogo barroco. Querer e não querer aquilo que não é o que se pensava ser. Indiferença para o jogo.
Variáveis dentro de um só. Esse é o risco.
Em verdade, acredito, que a paixão realmente começa quando a máscara cai e quando não se usa a máscara pode-se germinar um sentimento verdadeiro. São as tais paixões duradouras. Devemos prestar mais atenção às variáveis para não nos perdemos dentro de si mesmo. Condições para a vida saudável. Realmente, falar de sentimento parece-me dificultoso.
Deixa, a vida se encarrega. Sem otimismo ou pessimismo. Tudo se encaixa. Afinal, todo jogo sempre se pode recomeçar depois do "game over".
Variáveis. Não nos esqueçamos dela.

1 comment:

Anonymous said...

Quando a gente se apaixona:
A Gente paquera
fica
namora
noiva
casa
tem filhos, casa, carro com a pessoa
briga, se divorcia

E ela nem fica sabendo...