Wednesday, May 07, 2008

My senses

Outro dia, outro livro, talvez uma ou duas músicas sem sentido. Sentado, lia pelo menos vinte palavras por minuto. É pouco. Ouvia pouca coisa enquanto a música tocava. Eu estava sentado tentando entender certas nunces lá do mundo de fora. Tentei a lógica, a poesia, a música e até mesmo geometria, mas como nunca fui bom aluno de contas, resolvi deixar de lado.

Resolvi encostar o livro e dar um stop no rádio. Quantas vezes eu ainda poderia dizer que não tinha lido e nem ouvido? Deitei, como se eu pudesse simplesmente, sem sono, fechar os olhos e dormir. Sem êxito, levantei, pisei no chão gelado-de-outono e fui para a cozinha. Preparei um café, mas não tomei. Acendi um cigarro, troquei de roupa e abri a janela. Estava deserto. O frio tem dessas coisas de afastar as baratas. Tentei cochilar no sofá, mas não pude.

Parei em pé, ao lado das persianas verdes da sala. Deitei os olhos no sofá, depois tentei medir minha altura. Talvez 1, 80. Menos até. Sorri para o escuro e voltei para o quarto. Inquieto, dormi sem perceber que eu ainda deitava a cabeça no seu peito, todas as noites.

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