O movimento pelos carros assessorados pelo tempo, da vida curta e apressada e das vontades alheias, nos trouxe até aqui. Pelo alto prédio espelhado, do sol reluzente de outono ou os céus límpidos dum azul mais que profundo. Por onde andamos o dia inteiro? Qual foi o laço maior que nos apartou? Estivemos no efêmero espaço do mortal para morrermos de pé em pé, como se caminha rumo ao monumento dos espíritos saudáveis. E jazemos no paraíso que tanto buscamos esses anos todos.
E por que parecemos com lágrimas de arrependimento. Eu ouço sua orelha sussurrar a vontade de uma outra coisa qualquer. Romântico, talvez sejamos românticos como Goethe, mas somos covardes como seus personagens. E vivemos do sistema da recordação, do padrão de formas da memória. Lincoln disse que “Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.”
Tornamo-nos covardes de si mesmos. Nos encobrimos de normas e paradigmas. Sartre apontou para esse mal duradouro; essa coisa da norma. E estamos bamboleando na sua citação “Os covardes são os que se encobrem sob as normas”. Encobertos das normas de finalização, do término e de que, no fundo, as coisas acabam. Perdemos o sentido de imortalidade que nos deram o livre arbítrios. Essa coisa do católico, presa em nosso corpo desde o nascimento, estamos atormentados de culpa. O certo e o errado. Ainda acreditamos em teorias de vingança.
"Não faça aos outros o que não queres que te façam”, dizia Confúcio. E estacionamos o corpo no lugar perfeito e calmo. Avante ao cômodo que o nosso estandarte já foi alvejado pelas más-línguas.
Eu deixo você como quem deixa a água correr pelo rio. Você, olha, e me deixa ir como quem deixa a areia escorrer entre os dedos. E a cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Somos covardes de nós mesmos.
E por que parecemos com lágrimas de arrependimento. Eu ouço sua orelha sussurrar a vontade de uma outra coisa qualquer. Romântico, talvez sejamos românticos como Goethe, mas somos covardes como seus personagens. E vivemos do sistema da recordação, do padrão de formas da memória. Lincoln disse que “Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.”
Tornamo-nos covardes de si mesmos. Nos encobrimos de normas e paradigmas. Sartre apontou para esse mal duradouro; essa coisa da norma. E estamos bamboleando na sua citação “Os covardes são os que se encobrem sob as normas”. Encobertos das normas de finalização, do término e de que, no fundo, as coisas acabam. Perdemos o sentido de imortalidade que nos deram o livre arbítrios. Essa coisa do católico, presa em nosso corpo desde o nascimento, estamos atormentados de culpa. O certo e o errado. Ainda acreditamos em teorias de vingança.
"Não faça aos outros o que não queres que te façam”, dizia Confúcio. E estacionamos o corpo no lugar perfeito e calmo. Avante ao cômodo que o nosso estandarte já foi alvejado pelas más-línguas.
Eu deixo você como quem deixa a água correr pelo rio. Você, olha, e me deixa ir como quem deixa a areia escorrer entre os dedos. E a cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Somos covardes de nós mesmos.
No comments:
Post a Comment