Thursday, May 01, 2008

Brass in Pocket

Há quanto tempo venho treinando a caneta por entre os dedos? O medo de ficar trêmula, bamba ou sem tinta. Há quanto tempo? Nem ao menos borracha eu tenho para apagar o que sai errado.
Outros, tantos outros poemas ficaram para trás. O poema de nós dois. O que virou três ou quatro xingamentos. Uma história de começo e meio. Finais infelizes. Eu vou fazer algo além do que escrever. Print as palavras para outra ordem. Misturar o english com o français. Será que decorei minhas aulas? Classes em pleno inverno. Talvez seja sintoma da loucura, this thing.
Há quanto tempo venho treinando os olhos para ler Faulkner e Foucault? Nem ao menos entendi as aulas de filosofia e já acho que os sofistas eram farsantes gregos. Do fogo selvagem, unhas queimadas, eu venho treinamento meus dedos. Minhas mãos. Meus lábios, minha pele, meu corpo, meu gozo, cada fio do meu cabelo:

1 comment:

Luiz Zonzini said...

"O poema de nós dois virou três ou quatro xingamentos". E nenhum idioma é suficiente. Até mesmo revisitar o vocabulário que escondemos, no peito ou entre as pernas, tentando entender a construção da palavra "platônico".