Goethe escreveu "como, no dia em que foste doada ao mundo, o sol levantou-se para a saudação dos planetas (...)". Ela veio, com o mar dentro dos olhos, com a força luminosa e percorrendo os mundos. Em apenas um dia, talvez menos que isso, alguns segundos eu entreguei minha alma em confiança plena e segura, como a folha se entrega ao vento, para Athemis. Não pode ser apenas o mito.
Quantas palavras em vão tentarei buscar e delicadamente tentarei descrever aquela que não se descreve; se conhece. Ela me veio, com asas de anjo, me emprestou, ensinou-me a voar, consertou minha asa, fraca, quebrada para juntos poderemos voar. Voamos, alçamos voo para esse lugar privilegiado que é o sentimento de se amar e só.
Conforme a lei de teu nascimento, ninguém poderá saber mais dela do que o céu. Sim, o céu. Sem pieguice. O céu, aquele que abriga, aquele que abrange as pequenas criaturas; ela é o céu. Abriga o conhecimento. Um aforisma para mim, para o outro, para ela. Amanhã, estaremos lá na varanda, comentando um livro da Hilda, a Chloe sentada, com os olhos da mãe, procurando entender porque o dente-de-leão tem aquele efeito.
Ela é a minha pessoa. Eu espero, no anseio, em dar a ela um pouco da minha fragilidade e a gente se troca. Minha pessoa. Como poderia então voar, se ela não tivesse me emprestado as suas asas? Cisne de plumas douradas. Ainda a gente terá verbos de futuro. Próximo, bem próximo. De mim e dela.
Isso é pouco para a Fabi, a Fabiana, a Amora. A minha Fabi. Ela é.
Ela fez o sangue do meu corpo ser insuficiente se, ao acaso, não estamos juntos. Assim, fundamental ela é, está e estará na minha vida. Um aforismo. Uma palavra. Um momento. Infinito? Pouca essa definição, assim como são poucos os adjetivos para ela, a Fabi.
4 comments:
Já notou as coisas boas que ela faz? As palavras e as nossas guloseimas que inventamos em brincadeiras. E, até descobrirmos que as cantoras que adoramos são primas tão próximas, ficamos assim encantados.
o que eu, um ser pequenino, cheio de medo e dúvida, posso dizer?
obrigada, sempre obrigada. por acreditar em mim, por olhar pra mim. por fazer com que eu exista.
obrigada.
Uma amora Silvestre, unica, grande, sabe daquelas que vc quer comer mas estão no topo da arvore...
Ela é um vulcão, sabe disso, entra em erupção e ai, sai de baixo...
Quero eu ler metade do tanto que abriga aquela mente brilhante pra poder esclarecer com a clareza e a docilidade dela de sempre tudo que nos rodeia....
ai ai!
Ai, Fabi...
Você é tão tão... e que bom que no meio desse tanto de "tão" você também é tão nossa!
Bjo! Bjo! Bjo!
Post a Comment