eu sou o que eu posso ser. tenho medo de baleia, manicômios, prisão e escuro. sim, tenho medo de baleia.
um conto meu:
Adolescer
Mas o que era o tempo? Perguntava o menino preso a uma imagem que vinha à seus olhos em forma de nuvens. O que é sonhar no tempo?. E brincava entre uma vigília perigosa e os animais tão infantis. O que é sonhar no tempo agora? E as rosas vermelhas que tinha no jardim misturavam-se com as nuvens e eram todas as cores; via o caleidoscópio e girava as imagens que floresciam dentro de seu peito. Crescia sem ver. E cresceu sem ver. O que era o tempo? Este talvez era o tempo de todos os momentos. O momento. O que é o momento? Sim, o tempo que via nas rosas e nas nuvens era agora apenas rosas e nuvens que entravam em seus olhos como aquele outro menino. E a cósmica coincidência das coisas, ele nem sabia, mas o sonho estava lá, longe do impossível em um beijo como se fosse o primeiro ainda. O que é o primeiro beijo? E sentia que as rosas vermelhas e as nuvens, novamente se formavam todas no caleidoscópio e girava, girava como uma tontura deliciosa, e não caía. O que é o tempo? E via a barba crescer, como via no menino. O corpo se multiplicava rapidamente, e era o tempo um sonho. Aquele mesmo sonho de sempre, o sonho daquele beijo, que era o agora. E tinha na mão um giz e uma pedra: queria novamente brincar de amarelinha. Pularia o inferno, e o céu era aqui, somente aqui. Mas o que era o tempo? Era ele e o menino que sob o céu de inverno, naquela noite quente, em uma infração ingênua, pulavam as horas como se essas pudessem ser feitas de matéria etérea. O tempo era um agora, entre o que já havia dito em silêncio e o que elocubrava nesse exato momento. E o momento era sempre aquele lábio carinhoso que se recostava sobre o seu em momento único, do agora. Mas o que importa o tempo? O tempo era você misturado ao passado, ao retorno de um sentimento, o tempo já não mais importa a quem espera por ele. E para que tantas perguntas? As respostas estavam em um poesia de encontro, reencontro, futuro, passado e presente, misturados a um tempo que era só este, sim este é o tempo. As rosas vermelhas que florescem no inverno, as nuvens que desaparecem, mas que estão lá, à espera do sorriso daquele menino. E latejavam os minutos, diluindo-os em tempos outros formando rosas-nuvens-elefantes e grandes imaginações de rememorar a vida como ela deveria ser. E encontrar-se a si era aquela imagem de criança. E o tempo se prendia como um laço de cetim branco-azulado entre as cordas e as teclas de um piano harmonioso. Ele e aquele menino. O que era o tempo? Agora, presente-passado-futuro do presente. Tempos.
Mas o que era o tempo? Perguntava o menino preso a uma imagem que vinha à seus olhos em forma de nuvens. O que é sonhar no tempo?. E brincava entre uma vigília perigosa e os animais tão infantis. O que é sonhar no tempo agora? E as rosas vermelhas que tinha no jardim misturavam-se com as nuvens e eram todas as cores; via o caleidoscópio e girava as imagens que floresciam dentro de seu peito. Crescia sem ver. E cresceu sem ver. O que era o tempo? Este talvez era o tempo de todos os momentos. O momento. O que é o momento? Sim, o tempo que via nas rosas e nas nuvens era agora apenas rosas e nuvens que entravam em seus olhos como aquele outro menino. E a cósmica coincidência das coisas, ele nem sabia, mas o sonho estava lá, longe do impossível em um beijo como se fosse o primeiro ainda. O que é o primeiro beijo? E sentia que as rosas vermelhas e as nuvens, novamente se formavam todas no caleidoscópio e girava, girava como uma tontura deliciosa, e não caía. O que é o tempo? E via a barba crescer, como via no menino. O corpo se multiplicava rapidamente, e era o tempo um sonho. Aquele mesmo sonho de sempre, o sonho daquele beijo, que era o agora. E tinha na mão um giz e uma pedra: queria novamente brincar de amarelinha. Pularia o inferno, e o céu era aqui, somente aqui. Mas o que era o tempo? Era ele e o menino que sob o céu de inverno, naquela noite quente, em uma infração ingênua, pulavam as horas como se essas pudessem ser feitas de matéria etérea. O tempo era um agora, entre o que já havia dito em silêncio e o que elocubrava nesse exato momento. E o momento era sempre aquele lábio carinhoso que se recostava sobre o seu em momento único, do agora. Mas o que importa o tempo? O tempo era você misturado ao passado, ao retorno de um sentimento, o tempo já não mais importa a quem espera por ele. E para que tantas perguntas? As respostas estavam em um poesia de encontro, reencontro, futuro, passado e presente, misturados a um tempo que era só este, sim este é o tempo. As rosas vermelhas que florescem no inverno, as nuvens que desaparecem, mas que estão lá, à espera do sorriso daquele menino. E latejavam os minutos, diluindo-os em tempos outros formando rosas-nuvens-elefantes e grandes imaginações de rememorar a vida como ela deveria ser. E encontrar-se a si era aquela imagem de criança. E o tempo se prendia como um laço de cetim branco-azulado entre as cordas e as teclas de um piano harmonioso. Ele e aquele menino. O que era o tempo? Agora, presente-passado-futuro do presente. Tempos.
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