Tuesday, July 31, 2007
Vamos falar disso!
Sunday, July 29, 2007
Da Paixão, Parte II
Friday, July 27, 2007
Da Paixão - Parte I
Seria mesmo a racionalidade? O homem é o lobo do homem, disse Hobbes. Já Rousseau alertou-nos para a possibilidade de sermos corrompidos pela sociedade. Para Foucault somos governados pelo discurso e este é, igualmente como a sociedade, dotado de poder.
É, parece-nos que a filosofia enfim não conseguiu desvendar o que de fato nos move. Aqui, nem pretendo tal façanha. É só um texto de afirmação; tentativa de entender a si próprio. E essa questão que se nos apresenta, essa a de entender o que nos move é deveras complexa. De linhas exauridas de tanto esforço, deve-se, a priori, selecionar um item que poderia ser o objeto desse estudo.
À guiza de prefácio, selecionei Amy Winehouse como trilha sonora. E os que entendem de filosofia devem estar se questionando: “o que diabos está fazendo Amy Winehouse e Hobbes em um mesmo texto?”. Nada, exatamente nada.
Vamos lá.
Ao que me parece, talvez simploriamente, o que nos difere dos animais seja algo universal. Poderia ser uma sucessão de sentimentos. Poderia ser a vontade. Luxo, gula, e muitos outros pecados capitais.
Aqui, receio dizer que pode ser a paixão. Sim, a paixão. Ela nos move. Ela nos move em direções, em sentidos, em vontades e em atitudes que, sem ela, estaria inertes, languidamente deitados à sombra. O homem é o lobo do homem, como pontuou o pobre Hesse. E sem a paixão quem é exatamente o homem? Pobre, vazio, efêmero e, como diriam os de língua inglesa, pointless. Penso que aquele movimento dentro de cada um precisa de um start, quase como o fogo precisa do oxigênio, da brasa, ou seja, aquele ponto de partida. Apaixonamos-nos desde o inicio. Pela mãe. A mãe, movida pela paixão/amor pelo filho, se fortalece. Os devotos de Cristo, ao que me parece, são movidos à paixão que sentem pelo “salvador”. O ocidente enfim, nutre sua paixão pelo catolicismo. Os viciados, apaixonados pelo risco, potencializam a representação do mundo. Apaixonados.
Aqui a paixão deve ser entendida de todas as formas que a conhecemos. Ela pode ser desde o papel de carta do ensino fundamental, ao amor juvenil estilo Romeu e Julieta, até as paixões maduras como em Casablanca. Sim, o homem é o lobo do homem.
A paixão enquanto vontade de representação de si mesmo. Não somos Caeiro, infelizmente. Vivemos pela magia do signo romântico. Pelas batidas do coração em desespero. Foram os contos de fada? Não seguimos as purezas de Platão. Caverna e mito. Até mesmo Édipo. Temos a síndrome de Medeia que, pela paixão, assassinou os filhos. É compreensível. Até mesmo as leis partilham da idéia de redução da pena se o crime foi praticado num ato de paixão.
Somos movidos pela paixão. A paixão por Cristo nos fez erguer um império, talvez o mais poderoso que conseguimos. Pela paixão somos capazes de destruir a própria vida para refazê-la em outro. E quando a paixão acaba, acaba a graça. Quem consegue transitar da paixão ao amor? Poucos, bem poucos. Quase ninguém. Não se pode negar que a paixão por um livro faz com que a entrega seja mais prazerosa. Conhecemos a vida pela perspectiva da paixão e quando esta não é presente, o sentido torna-se distúrbio. Sem a paixão, parece que o sangue corre devagar e que as nuvens, sim as nuvens, passam lentas pelo dia. É a vida é mesmo estranha. A vida, quando ela começa, tem o marco inicial na paixão; aquilo que nos faz crescer seja em lágrimas, seja em sorrisos. Perversidade, culpa, gozo, desespero. A paixão é dona da loucura. Qual o sentido em falar de G.H e Goeth, quando podemos no real sentir tudo isso. Lucíola enfim teve seu destino por conta de sua paixão. Corrompemo-nos pela paixão. Senhora de um tempo estranho. Quem nos apaixona? O que faz nos apaixonar? A vontade de si próprio.
O homem é o lobo do Homem. Parte I.
Thursday, July 26, 2007
Good Girl
Tuesday, July 24, 2007
Caçada
Monday, July 23, 2007
Francamente
Se chove lá fora
Friday, July 20, 2007
A seta e o alvo
Thursday, July 19, 2007
É assim...
Wednesday, July 18, 2007
Vamos cantar?
Tuesday, July 17, 2007
Verso Livre
Monday, July 16, 2007
Narcissus
Sunday, July 15, 2007
You only live once
Friday, July 13, 2007
Paparapa
Thursday, July 12, 2007
Process, program your self
The Kiss
Wednesday, July 11, 2007
Pardon
O que é a sensação? Sentir algo?
Sentir que poderia? Sentir alem do que o corpo pede. Mil pensamentos que sobressaem, perpassam a distância entre o corpo e o mundo. Manifestar-se diante do inconsciente, aquele inconsciente que nos faz querer sem saber o porquê. Lá se vai a vontade e quando menos se espera, vêm o murro. O que é a sensação de gostar de outro? A devoção, flagelada, de um sentimento altruísta. Roland Barthes, teórico francês, em seu ensaio Fragmentos do Discurso Amoroso, detalha por meio do campo léxico característico dos escritos amorosos, as relações estabelecidas entre o discurso e o sujeito amoroso. Em específico, Barthes diz que ao nos apaixonarmos por alguém, de fato, estamos nos apaixonando por nós mesmos. Isto é, ao se apaixonar, o sujeito amoroso vê no outro aquilo que quer para si, aquilo que se guarda no íntimo e, logo, a vontade e o crescimento do sentimento vão de encontro ao ego e não ao outro.
Essa proposta nos parece deveras interessante. Mas pouco prática. Serve-nos para os escritos amoroso, às análises crítico-lingüísticas para tratar de assuntos do texto, literários ou não. Na vida prática, sim, a vida prática, bestial, infantil, imatura, desenfreada, enlouquecida pelas vivemos-felizes-para-sempre, nos acostumamos que sem a paixão, estamos vazios. E, claro, que é exatamente essa a sensação que perdura enquanto o coração não pensa em outro. E é estranho essa forma característica de não ser um eu se não houver o outro.
É pertinente, bastante pertinente prestar atenção às sensações. Essas que nos movem à loucura, ao delicioso, ao lascivo encontro da pele, do corpo, da mente e de alguns, poucos, sentimentos nobres. São estágios, essas sensações. Primeiro, vêm a coisa idílica, bonita e altruística. Transforma-se então, em certo estágio, no ódio, na mágoa e no egoísmo de atos e palavras.
E o tal do amor puro? Será que ele existe ou é mais uma criação estranha da ficção?
De nada adianta. Algumas notas de rodapé. No entanto é só para eu tentar entender porque me apaixono, apaixonei e sempre apaixonar-me-ei. Essas sensações.
- Te mando a energia de meu pobre pensamento...eu estou preso naquela cela.
- quando eu era criança, tinha esquecido que crescer...
- não lembro. A última vez que eu te beijei!
- Isso é estranho, porque eu não gosto dessa música...
Tuesday, July 10, 2007
Notes on a scandal
Saturday, July 07, 2007
Dream a little dream of you and me
Thursday, July 05, 2007
Free for tibet, whales and everything else
Wednesday, July 04, 2007
Parte II
Certezas. Ter certeza daquilo que se quer. Do que se pode ter e, por que não, certeza daquilo que podemos suportar. E a cegueira momentânea? Ah, claro que a paixão é senhora dos véus e das vendas escuras.
Será que um dia teremos a certeza daquela velhice tão programada com a Maria?
Vamos nós três, eu, Fabiana e Maria para a varanda fumar e falar sobre a semana e sobre os problema conjugais. Maria diz “ai que ódio”, morrendo de ciúme de alguém. Fabiana olha e dá um conselho e fala sobre uma paciente sua que tinha um grave problema com o marido. Eu, olho e respondo dizendo que “sei lá, não tenho ciúme. O (piiiiiiiiii) e eu não temos isso. Damos risada quando acontece”.
Nos despedimos na porta de casa. Eu entro, sento no sofá da sala. Abro um livro e (piiiiiiiiiii) senta ao meu lado. Eu, cansado, deito e coloco a cabeça na sua perna. (piiiiiiiii) assiste televisão, enquanto durmo, tranqüilo e acolhido.
Certezas? Quase nenhuma. Só o planejamento e a vontade de saber ó quereres.
Tuesday, July 03, 2007
Save the Heart
Só por hoje. Frase do dia.
Daily Soundtrack: Amy Winehouse - Frank