A verdade sabe-tudo.
Linhas e linhas de textos lidos, poesias consumidas, ficção mal compreendida. Montagem de cores em papéis de lavanda azul. As sobras de um jantar sem velas ou copos de vinhos e o lençol manchado ainda não lavado.
A verdade sabe-tudo.
Abdicar a vontade para dar-lhe força de querer novamente. Issi me parece ser um truque daqueles ardilosos. Necessário, de suma importância; recortar, uma linha e uma agulha. Colar tudo novamente sem perfeição, uma grande colcha colorida que, por vezes, pode ter tons de cinza e algo roxeado.
Dar sentido àquilo que não teve sentido. Como uma dança, apaixonar-se é dar movimento à muitos sentidos obscuros. Sem razão ou questionamento. Símbolo do fogo e como fogo, símbolo do começo primitivo. Erguer a bandeira de batalhas, vencidas ou não, em nome de momentos cintilantes. E se é algo que brilha, porque não cintilar exatos segundos de um sorriso. Essa tarefa, quase masculina de forças e braço. A verdade sabe-tudo. Quem sabe mais do que o próprio ato. Desconhecido-estranhos, perto do limite entre a dor e o prazer. Quando se perde a virgindade de todos os momentos, existe algo ainda a ser descoberto? Simplesmente não estamos revivendo momentos e por isso o masoquismo de sempre querer mais?
A verdade sabe-tudo.
Cintiliar jóias que ofuscaram seu brilho.
Um, apenas um, momento cintilante.
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