A vontade de te dizer aquelas mesmas palavras tortas, cheias de graça, com um certo ar de coisa bem pensada, talvez, agora seja maior que grandes monumentos que erguemos diante do inevitável. Depois de tantos lábios, tantos olhares, pequenas paixões, e sentimentos avulsos me vem você para dar-me a sensação de que ainda temos um longo caminho. Por que? Por que?
Por que estou aqui escrevendo e não te falando tudo isso? Onde fomos parar naquele instante, naqueles minutos de um domingo frio e ainda mais confuso.
Você me deu um ar de eterninada. Somos cúmplices dentro de um limite infinito. Naquelas praias, na areia e naquele dia chuvoso em que você segurava apenas um singelo botão de rosa vermelha. Estamos nesses lugares. Na simplicidade da minha cama, a janela do quarto fechado, nas brincadeiras lambidas, nas canções e nas discussões sobre o imposto de renda. Será que somos apenas uma linda história de amor ou podemos, ainda, ser maiores que isso? Eu e você. Isso ainda existe? Isso ainda existe.
Eu queria te dizer que muito se passou entre a gente. E eu lhe disse "tu não te moves de ti" pelo simples fato de sermos, ainda, aqueles dois meninos que se conheceram e travaram um pacto. Se eu acredito em amor eterno? Acreditei e ainda acredito. E nossas brigas foram e são frutos do fato de não estarmos juntos. Eu vi no seu olhar no domingo. Sempre o domingo.
Por que você não responde a minha pergunta?
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