Thursday, May 31, 2007

the age of the inocence

O fim de uma era. Aquelas cartas, papéis rasgados a força bruta. Tudo posto ao fim. As prateleiras vazias. E agora? Sem resposta. Não vou perguntar aquilo que meus dedos tanto sabem a resposta. De colocar aqui e ali, na alta vista de todos aquela resposta para uma antiga pergunta. Já é tudo rarefeito. Cores e tons pastéis. Volta tudo à estaca zero. Começa um novo tempo. Um novo tic-tac do relógio que, ainda, não funciona.
Serei eternamente grato às lágrimas e ao brutal sonho de palmeira, ser o que sou. Vice-versa. Escolhe e embaralha as cartas. O que sair primeiro, escolho. Vida longa ao rei distante, distante de tudo, mais um pouco à frente vem a rainha.
Passar noites e noites em claro. Só isso posso fazer. O resto é sono pequeno. Café pequeno mesmo.
Chega de perguntas. O programa acabou.
Penso que o fim desse blog se aproximou demais. E assim, breve, terei que deixá-lo, como se ele tivesse sido um jornal, algo inesperado de um inconstante, porém, persistente menino de vinte e poucos anos. Nele, deixei uma história. Um rastro. Uma verdade que será, muitas vezes, contestada. Na imagem, vou levar aquilo que não pude ser.
Enfim, o blog chegará, como um livro, ao seu final.
Feliz?
Que importa? O que importa foi a caminhada e os tropeços. Contar uma história já é em si ser feliz dentro daquilo que se pode.
Feliz? Importa? São momentos e como extrair mel do favo.

1 comment:

Maria Carolina said...

Vai se foder, Vítor. Vai fechar o blog o caralho. Cala a boca, moleque. hehe