Semana de boas notícias. Lembranças de um passado enterrado e memórias de construção de um futuro interrompido. Engrenagens e um caminho ainda a ser trilhado.
Não posso esquecer simplesmente, mas posso dar ênfase ao silêncio, ao direito de não vasculhar destroços de guerra. É um direito, mas também quase uma condição de sobrevivência. Dar um novo foco aquilo que se procura, àquilo que está tão perto e ao mesmo tempo distante. O pior dos sonhos é aquele em que despertamos. Sim, despertar de um sonho é como deixar cair o algodão doce na areia. Ainda pior são aqueles sonhos que sabemos realizáveis, mas que dependem de outros fatores. Novela, capítulo, introdução e epifania. Revisar os erros e os acertos. Não se trata de fracasso, talvez seja mais uma falha, um desvio errado no caminho. Quero escolher melhor as palavras para que elas acertem os meus erros. Sentir tudo de todas as formas. É, a poesia talvez me iluda. Um caminho à Oz com sapatos-brilhantes-vermelhos. Quem quer saber? A descida, o horror, mas também a felicidade de ter aberto o coração...
Quero ler mais. Ouvir mais e saber mais. Enquanto não engulo o destino, reservo-me ao silêncio de meus pensamentos, como uma fugo por um túnel escuro e desconhecido. Conto então as moedas, guardo-as no bolso, dou uma risada falsa e choro com o rosto virado para o outro lado. E se meu desejo não se realizou não significa que ele morreu, pois ele pode esperar em silêncio, no fundo de armário, na posta da estante, milênios, milênios no ar.
1 comment:
hoje, vou deixar Hilda falar:
"há sonhos que devem ser ressonhados, projetos que não podem ser esquecidos..."
(Estar sendo. Ter sido.)
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