Saturday, April 14, 2007

god save the queens

O que me assusta é a nossa fragilidade. É como se fôssemos uma sinfonia de notas graves, agudas, tempos e tudo sincronizado no mistério, como um jogo de xadrez. Ontem, voltando pela Marginal me deparo com um leve trânsito, policiais, guardas da CET e dois corpos estirados no chão. Um deles, virado para cima e o outro - mais impressionante - com a cara no chão e um pedaço de metal enfiado na cabeça. E essa cena provocou-me sensações estranhas. Medo. Acho que medo o que eu senti vendo aquilo. De repente a noite tornou-se solitária, perigosa e tudo era frágil demais.
Me assusta. Somos frágeis. Algo que pode nos matar rapidamente, como somos capazes de chorarmos por alguém.
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É, minhas pernas tremeram. Fiquei trêmulo, uma sensação estranha. Nem sei o que dizer. Saber o que sentir é um dom, será a arma contra todos os males do coração. Um outro assunto que corta precisamente dois mundos. Um depois do outro. Porque estou, estive e sempre estarei, perto do coração selvagem.

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