Saturday, June 07, 2008

Drop

Uma ou duas horas. Talvez fosse ainda mais perto. Quando já estava tudo em preto e branco, outras cores, menos fortes, surgiram como tudo aquilo. Era água doce banhando apenas um pequeno fragmento da mão, dos ossos e da pele.Onde permanece o calor. Nas pontas do cabelo e na forma como a cama moveu-se de um lado para outro. Aquilo que atraí, reage e retrai. Assim, imã, entrelaçou-se meu corpo ao seu. Na bruta forma de não-querer-aquilo-que-se-quer. Aquelas marcas doloridas, espalhadas, deixadas marcadas nas costas, no braço, na fronte e no lábio inchado. Um pequeno despertar, fugidio da fresta da janela, aquele pequeno que percorreu o contorno do corpo, o que na verdade eram dois. Aquela sensação de respiro; transação do suor em queima de paixão reprimida. Esquentar os lençóis.
Eu, debaixo do seu corpo molhado.

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