...
Monday, June 30, 2008
My buzzer goes
...
Friday, June 27, 2008
One more shot
Thursday, June 26, 2008
Fire and works
Tuesday, June 24, 2008
Be extraordinary
Monday, June 23, 2008
Let´s call it off
Sunday, June 22, 2008
Into the wild
Friday, June 20, 2008
To praise highly
Eu entendo pouco da psicanálise e dos mecanismos oníricos de defesa. Entendo menos do que gostaria. Meu conhecimento é como um guia de bolso comprado em um sebo por apenas alguns trocados. Mas eu entendo, entendo minhas sensações e brinco com todas. A perspicácia de entender um sonho, uma vontade semi nutrida de idéias toscas. Ah, é como se tudo isso, todas as coisas dentro de mim fossem uma bola rebatendo na parede – eu de um lado para outro.
A minha pseudo-psicanálise advém da leitura infantil de Kafka e Freud. Pudesse eu ter a habilidade de converter-me em pequenas moléculas para adentrar em minha mente e extrair, como um novelo, todas as linhas formadoras dos maus pensamentos. E quando sonho, aquele sonho indesejável, reconheço o momento de regurgitar a fome de você pela vaidade de continuar no caminhar e caminhar. Essas cores que me traz, essa vontade de colocar as mãos e os joelhos no chão, ficar de quatro, o calor experimental provocado pela adrenalina do seu cheiro, tudo isso, tudo isso é sintoma do pesadelo. E se até o gosto da sua boca ainda sinto, então é porque desaprendi as artimanhas da racionalidade. Tudo tornou-se passional. Meu corpo, para você, será sempre o estopim para uma incontrolável loucura; enquanto que eu espero pelo único momento do dia em que parecemos estar exatamente no mesmo lugar, nos meus sonhos.
Eu controlo vontades enquanto que pelos dedos escapa-me o destino fatídico. Ansioso, eu procuro o travesseiro e o tempo passa, lento, pesado e aquilo tudo não acaba, não acaba. Por um desses instantes, eu pego com a mão, e tento me perder. Deixar o controle disso tudo em mãos divinas. É quando levo um murro no peito, caio no chão e tudo recomeça. Pego a agulha e o novelo.
Teço meu destino em sapatinhos para o meu filho.
Teço você, em lã grossa, quente, colorida, eu teço-me em você. Eu me torno, eu sou o meu destino.
Thursday, June 19, 2008
Young folks
Wednesday, June 18, 2008
CInderela´s disease
Monday, June 16, 2008
Notice
Era como um astro, um corpo estelar, cheio de pontos reluzente, ora coloridos, ora translúcidos. Na frente de uma outra cena, de um outro caso, era um ponto entre tantos pontos já visto e re-visitados. Um sopro da antiga brisa. Era outono, ou outra estação qualquer do ano em que o ar parece mais leve. Essa sensação estelar de sentir, sentir tudo sobre todas as coisas, sobre o nada e o vazio, sentir pulsar cada milímetro do corpo como se fôssemos uma estrela cadente.
A ansiedade ficou como uma recordação que vemos no retrovisor – aos poucos, aquela imagem vai se afastando, ficando longe, pequena como uma lembrança vaga e rápida. Mas a paisagem não cessa, não pára e nem por nossa própria vontade. O partir, as malas prontas e aquele gosto pelo novo, pela estrela e pelo céu noturno coberto por tantas sensações díspares e pontiagudas. O novo que aproxima e torna-se ontem, como o hoje em que esperamos no banco, sentados, ver a estrela cair. O por vir daquela gota que escorre na janela, até atingir a borda.
Era como um astro, essa vontade de sempre ter malas e pés na porta. E olhar para o alto, mesmo quando é dia, sempre à procura daquele ponto, o ponto luminoso de uma estrela cadente.
Talvez seja assim, a sensação do novo, sempre o novo.
Monday, June 09, 2008
Odelay
I Wonder
Saturday, June 07, 2008
Drop
Tuesday, June 03, 2008
A maquinária do amanhacer sem ter estado em sono profundo. As portas se abrem pesadamente como se tudo isso estivesse/está preso dentro de uma grande roda; um jogo mesmo. O jogo de dados, pessoas e sortes. A maquinaria de tudo aquilo que existe, no devir. As antigas manobras não funcionam. Deve-se tentar algo novo. Fazer as malas, com o pouco que se tem e levar, levar pelo caminho. Essas idéias pouco católicas são apenas armas forjadas no mais puro aço. Eu enlaço o calor e o troco por outras quinquilharias e folhas de livros envelhicidas.
Esqueci de outrora, jamais tentei pegar peixes com as mãos. A maquinaria sempre que me faz girar em constante maravilha, por sorrisos simpáticos e pela fome em devorar dedos. Mas é sempre no mesmo lugar que paro, descanso e recomeço como um animal sem vontade própria. E falar de natureza e sentimentos é como tapar a boca para uma possível asfixia. Mas é chegada a hora, sem delongas, sem pormenores. O devir de tudo aquilo que se plantou em anos de blá blá blá e mesquinharias.
A maquinaria do amanhã, essa que faz com que as inifitas possibilidades pareçam sempre tão perto, hoje deixou de lado os engenhos e parou a roda. Desembarco na mesma avenida, porém com outro nome.
Sem delongas.
Sunday, June 01, 2008
Yellow Submarine
Seja pelo pavor de sentir tanto calor, seja pela fresta aberta na janela, tudo poderia ser um plano perfeito de lugares e experiências. A mão, segurando gentilmente o rosto, como se estivesse observando a paisagem sem toca-la. Na sabedoria da experiência, na vontade de querer devorar cada pedaço de tinta. Simples, pelo simples plano de deixar, como platéia, certos eventos acontecerem. Vaivém de sabores, como criança perdida.
Ontem sonhei que a corda havia arrebentado. Por terra, foram caindo as poucas moedas que haviam no bolso, um retrato em 3x4, uma receita de bolo e um pequeno soneto. Caíram como se nunca tivessem me pertencido. Aquela fome de paisagem. E pela corda, arrumava um jeito de manter um equilíbrio bestial. E já estava tudo morto.
No chão gelado, onde os dedos procuram abrigo na parte superior, resolvi terminar um texto dizendo: um plano perfeito. Antes que pudesse terminar, deixar cair a caneta e esperei alguém dizer “perfeito”. A frase inacabada nos lábios, pela ponta dos dedos. A sensação de que escrever era uma atitude desesperada de entender por que diabos a corda não arrebentava.
Ainda que apreciar tudo aquilo fosse um ato de coragem, mentir para si era trair a fome e todas as cores. Era um plano perfeito. Deixar a toalha cair e ver no palco, atores sem máscaras.