Passei o dia andando pelo parque do Ibirapuera. Pensando na vida, nos caminhos e encontros. Refleti muito...e sem perceber as coisas começaram a vir. Algumas respostas, algumas interrogações, anseios e medos. Pensei em como tudo mudou rapidamente, e certos medos são, na verdade, proteções. E ainda ficou muita coisa presa no vazio, no limbo dos pensamentos.
Encontrar a saída é algo vagaroso. As vezes sinto que estou em um labirinto; algo me prende e não consigo sair nem achar a saída. Perdido. E hoje veio aquela sensação de solidão, de apertar as mãos só para lembrar como é ter as mãos seguradas. É também um efeito da carência, da falta de palavras doces e de afagos na cabeça. Tomar rumos é algo difícil. Saber trilhar o próprio caminho, com as próprias pernas, sem encostar naqueles muros com pontas grossas. Talvez hoje eu tenha escolhido um caminho, o mais leve possível. Chorei bastante. Saudade de muita coisa. Medo de outras, falta de muitas. Um telefonema que sempre me ergue a cabeça e saúda meu coração. Depois outro telefonema...Fiz algumas promessas, algumas juras para o nada. Só para eu mesmo. Tudo isso para ver se consigo decidir aquilo que não tem decisão...
É...vou seguindo, caminhando, trilhando, desenhando com aquarela esses rumos que é para depois a chuva apagar e não deixar meus rastros soltos pelo mundo.
1 comment:
como é que vc ta aguentando tantos dias sucetivos de intensas e simples emoções?
Emoções sorrateiras
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