Eu me inspiro em pequenos gestos.
Acredito em pequenas coisas. Ainda acredito em todo o futuro como se ele fosse feito de açucar. Deito, esqueço, acordo com o calor dos meus sonhos. Aprendi a controlar a intensidade dos meus desejos e deixar leve minhas vontades. Aquilo que me faz feliz. Aquele sorriso luminoso. Lumineux.
Eu me inspiro no detalhe de olhares; na solidão do meu querer e na presença do meu desejo. Isso é só um sonho de amanhã que acordo sempre com o sabor de um atraso. Querer nem sempre pode ser o poder, mas há sempre o poder de construir aquilo que se quer. E assim faço minhas noites na cama fingindo presença com o travesseiro. E controlo, controlo essas emoções para que o doce seja um presente embrulhado em papel laminado. Entreguei-me ao júbilo, à doçura do sentimento, e fui atraído como a abelha ao mel. E por que não deixaria meu coração sentir-se útil novamente? Ele me move, me faz crer e me inspira nas palavras, nos gestos e na parte boa que há em mim. Sem o meu coração, me tornaria um ser oco, sem intenções, sem sonhos e sem inspiração.
Sou movido pelo sangue e pela minha vontade de sempre sentir tudo ao mesmo tempo. Errado e certo não se confundem mais. Estou próximo àquilo que sou. Movimento meus pés em uma caminhada sem direção, sem rumo, com um destino incerto, pois é isso que me pede o coração nesse momento. A razão fica de lado, como se estivesse a espreita.
Por isso. Me inspiro em pequenas coisas, pequenos gestos, fragmentos...
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