Talvez seja isso: é assim que a vida faz. Têm disso mesmo, as coisas. Eu espero tempos, muitos tempos, relógios antigos, digitais, formas inócuas de contar o tempo. Como personagem de desenho animado, tenho pouco movimento, poucas falar, poucas ações. À mercê daqueles que me comandam. Digo, meus sentimento. Aquilo que provoca fuga. Mau do século? É o espírito, inerente ao que sou, reiterando minha forte vontade de fuga. Essa fuga que tem um corpo. Mais do que isso, um caderno, diário mesmo de recordações. Eu tenho dois ou três. Em apenas um, deixei marcas de palavras. É ela por fim que me resta sempre. Sou o que sou.
Descobrir que tenho esse "talento" para ensinar o que estudei. Me deu vontade de ser mais. E talvez a ânsia por uma situação ecônomica mais favorável, digamos assim, pode ser revista. Uma vida que possa ser reconsiderada. Tenho isso. E no momento me veio essa felicidade, tola, eu sei, mas esperançosa. Talvez tenha aquele espírito de Delacroix dentro de cada um. Cada parcela do que somos, tem aquele mulher com a bandeira vermelha na mão, erguida no meio do caos. Temos esse fragmento do homem romântico. Nossa capacidade de sonhar, talvez realizar, lutar contra si, aprofundar-se no que somos.
Me resta sempre a palavra. Serei eu autor de palavras? Bandeira vermelha que ergo, pouco, mas ergo.
Sentimento de paixão, intensos. É o vermelho. O negro de Stendhal. Calço os sapatos e mais uma vez vou caminhar. Esvair o sentimento. Pedra preciosa que se vai. Sonho que se acorda. É, não posso culpar o mundo. Resta-me a palavra. E o que ia dizer, deixo entalado na garganta. Para que? We are who we are! And i would´nt chance a thing.
Right?
Bom, a Madonna disse isso.
1 comment:
bem-vindo ao clube... é realmente tão contraditório esse amor.
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