"Um dia eu mando notícias"
A frase do bilhete, da vontade de representar a vida na excessão que ela não trouxe. São tantas as vontades. O anseio na porta, nas gavetas e nas roupas empilhadas no armário. Um dia eu mandoi notícias. A vastidão do repentino que atravessa laços, que corta o pensamento invadindo personagens de um só. E a frase de bilhete, em cima da mesa, traz aquela notícia de saber para onde ir. Mesmo não sabendo, ir. Caminhos de voltas, de curvas, de sentidos como nunca se fez antes. Um dia eu mando notícias. Experimentar o vazio e preenchê-lô com vida. Clichê, mas o que é mesmo viver? Construir, um em cima do outro, uma única linha - como a palma da mão - ´para que possam ler, sem dó nem piedade, tudo aquilo que ansiamos e que fizemos.
Vontade de vida. Talvez, vontade de morte, para que se possa, determinado, recomeçar aquilo que não foi feito.
Quanto tempo? Um dia eu mando notícias.
No comments:
Post a Comment