Friday, August 17, 2007

The Sun in my mouth


Essa é a canção que hoje me fez chorar.

Fazia tempo que esse motivo, sim esse motivo, não me fazia chorar. É simples. Muitos acham que a forma de se representar é exquisita ou motivo de ser chamada de "louca". Entender Bjork, me odeiem por isso, é perceber que a arte se manifesta em formas diferenciadas. Van Gogh foi considerado um péssimo pintor e um louco durante toda sua vida. Recebeu críticas de seus colegas de nomes respeitáveis, mas ainda hoje é tido como um louco.


O cd Vespertine, a grande obra de arte de Bjork, é mítico. Música e letra combinam a estética de uma crianção, que eu diria, perfeita: um mundo mágico, mítico, algo como um conto de fadas gótico-romântico. Adentrar nesse mundo, esse mundo tão perto, é reconhecer manifestações do nosso próprio inconsciente. Bjork é assim. Deve-se ouvir atentamente, com um fone no ouvido, todas as vozes e sons.

Ela se destaca na pura originalidade, na mágica criação de suas músicas, no estilo ímpar e único. Deve ser apreciada aos poucos em suas metamorfoses e na sua influência em muitos músicos, artistas de diferentes áreas e, claro, sua influência nas áreas do espírito. Sim, Bjork é, antes de tudo, uma experiência.

Ousar. Ousar ouví-la. Respeitá-lo, no mínimo.

Aqui uma letra perfeita. Basta ouvir a música, igualmente perfeita, sincera e brutal.

Bjork - Sun In My Mouth
I will wade out
Till my thighs are steeped
In burning flowers
I will take the sun in my mouth
And leap into the ripe air
Alive with closed eyes
To dash against darkness
In the sleeping curves of my body
Shall enter fingers
Of smooth mastery
With chasteness of sea-girls
Will I complete the mystery
Of my flesh
Will I complete the mystery
Of my flesh
My flesh

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