Escrever não basta. Nem mesmo dizer. É sempre aquela velha sorte que me em assalto. Arma apontada.
Rir não adianta. Pouca coisa resolve ou adianta. Aquele risco que era um alerta e que vinha todas as noites, por fim, confirmou-se. Sou amigo de premonições. Sou amigo do frio no estômago. E como sou, amante dos infortúnios. Sempre. Agora, que ao menos tive cuidado, preservei...
À razão, agradeço, como a poesia agradece as brutais palavras. Sim, obrigado a razão que me deram àqueles que fomentaram lágrimas em mim. Obrigado a esses também. Desejo? Como um armário. Paixões, amores, desgosto, e aquele velho, amigo, sentimento do desencanto.
Basta rir, porque no fundo os sinais foram fortes demais. O tempo fechou, está frio e volto, amargo, para a filosofia de que é preciso tempo. Certo que tudo pode mudar em instantes, algo mudou naquele instante, naquele momento; os olhos são inimigos da perfeição. Sim, eles, são.
Ontem que escrevi sim, hoje já nem sei mais o significado. Mal do signo? Ah se Pessoa me visse assim. Se Álvaro de Campos pudesse me aconselhar, certamente diria que sou mesmo a cadela de todos os cães. Natureza daquilo que não se nega, mas rejeita.
Não basta somente querer. Os olhos são inimigos da perfeição.
Eu teria dado o melhor de mim. Mas agora aquele muro se fez em concreto pesado.
Não pergunte o porquê. Sou assim.
Foi bom
enquanto durou, foi bom. Pelo menos o sonho.
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