Thursday, August 30, 2007

New Ideas

Novas idéias podem surgir. Eu pensei em escrever, new york, mas a piada é sem graça. Novas idéias. Mas sempre vejo teu rosto, aquele seu jeito de sorrir e...
Bom, vamos falar de outra coisa.
Coisas que são pertinentes.
O ano está chegando ao final. Chegando ao final também estão as vontades quase explícitas. Querer e não querer.
Bom, vou dar uma dica de leitura.

O Passado - Alan Pauls - Cosac e Naif

O melhor livro que li esse ano.
Vale a pena

Wednesday, August 29, 2007

All...it´s Nothing

Escrever não basta. Nem mesmo dizer. É sempre aquela velha sorte que me em assalto. Arma apontada.
Rir não adianta. Pouca coisa resolve ou adianta. Aquele risco que era um alerta e que vinha todas as noites, por fim, confirmou-se. Sou amigo de premonições. Sou amigo do frio no estômago. E como sou, amante dos infortúnios. Sempre. Agora, que ao menos tive cuidado, preservei...
À razão, agradeço, como a poesia agradece as brutais palavras. Sim, obrigado a razão que me deram àqueles que fomentaram lágrimas em mim. Obrigado a esses também. Desejo? Como um armário. Paixões, amores, desgosto, e aquele velho, amigo, sentimento do desencanto.
Basta rir, porque no fundo os sinais foram fortes demais. O tempo fechou, está frio e volto, amargo, para a filosofia de que é preciso tempo. Certo que tudo pode mudar em instantes, algo mudou naquele instante, naquele momento; os olhos são inimigos da perfeição. Sim, eles, são.
Ontem que escrevi sim, hoje já nem sei mais o significado. Mal do signo? Ah se Pessoa me visse assim. Se Álvaro de Campos pudesse me aconselhar, certamente diria que sou mesmo a cadela de todos os cães. Natureza daquilo que não se nega, mas rejeita.
Não basta somente querer. Os olhos são inimigos da perfeição.
Eu teria dado o melhor de mim. Mas agora aquele muro se fez em concreto pesado.
Não pergunte o porquê. Sou assim.
Foi bom
enquanto durou, foi bom. Pelo menos o sonho.

Tuesday, August 28, 2007

I wanna say, but i dont know how...Do you?

Sim, quantas palavras, sim, eu poderia dizer, sim eu quero fazer, mas sim, não consigo nem ao menos formar um certo que discurso que diga sim.
Eu escrevi "sim", porque o som era esse. Eu digo sim, mas digo para você quando você não está. Sim, eu digo sempre sim, porque sim, eu queria que você percebesse, antes que eu pudesse...
Sim, eu aceito. Sim, eu aceito que somos isso e podemos, sim, ser aquilo ou qualquer coisa que o valha. Sim, você está para mim, como o coração está para o meu sangue. Sim, você possui tudo isso, transformou e sim, arranca o que há de melhor em mim. Lados sombrios ficam para fora, sim, você transforma.
Sim, sem talvez, sim, me diga como eu devo falar o que eu quero sem parecer tolo ou desnecessário. Ah, sim, você sabe que eu deveria falar e sim, a coragem é pouca, bem pouca. Pequena, eu diria. Sim, pequena.
Sim, eu sonho com você, porque eu digo sim todas as noites em que eu me pergunto mil coisas e só ouço, sim, vai lá que...
Sim, me diga como eu devo fazer. Sim, me diga sim também. Esse discurso que não sai. Eu quero dizer sim, mas há um não dizendo para não deixar esse "sim" ser um não mascarado.
Sim, me diz o que eu falo?
Sim, eu aceito.
Sim, é você. Só você. Sim, me fala?

Monday, August 27, 2007

Two Weeks Notice

Horas, segundo, momentos...

É...

Eu mando notícias.

Friday, August 24, 2007

Nothing Fails

Sim, tudo pode ser, um dia, renovado.
Este blog tem uma longa história. Estamos fazendo um ano. Um ano de separação. Um ano em que tudo mudou, desmoronou, criou futuros e nos levou para longe de onde começamos.
E esse blog contou todas essas passagens. Ele se fez e desfez. Contei muita coisa. Coisa que deveria ser só minha - intimidade castrada. Mas ele publicou tudo aquilo que senti. Eu procurei estar sempre pronto para o que desse e viesse. Me aprontei, fiz malas, joguei fora o maço de cigarros, cortei o cabelo, dormir e acordei. Fiz de tudo. Tentei ter de volta. Tentei recuperar memórias dentro da nossa amizade. Foi como ontem. Três dias sem dormir, comprimidos e 10 k a menos. Contei as horas.
Carreguei pessoas; viraram fantasmas. Ou talvez tenha sido eu que me tornei um espectro.
Vide de fantasmas.
Hoje acordo e penso no carinho que guardei para você, dentro do meu coração. Histórias assim não se apagam. Fomos felizes. Acabou e . Agora, hoje, é dia de lembrar só do que foi bom. Nossa história.
Porque hoje levo no coração um novo olhar; um novo alguém...levo ele no coração. Levo ele no meu dormir e no meu acordar. E porque eu prometi não ser platéia da minha vida.
Mas eu tenho ainda muito o que arrumar.
Esse blog, esse blog, contará tudo. Nos detalhes sórdidos. Nas mentes vazias e no meu coração que ele já preencheu. Sim, ele preencheu com aquilo que eu nunca imaginei: a surpresa de se apaixonar. Isso é outra história.
Esse blog comemora, sem feste e velas aquilo que me destruiu e refez.
Não tenho mais fotolog. Não faço jogos de vistas. Quem entra aqui sabe o que encontrará. Não quero, não faço, "dramas". A partir de agora é assim: no games.
Vamos comemorar.
Como?
Ah, isso é outra história.

Wednesday, August 22, 2007

Taxi Ride

O caminho pareceu longo demais. Chegar em casa, de repente, era como alcançar o topo da montanha - sentado no banco do carro, o volante segurado por uma mão enquanto a outra agarrava o cigarro, já no fim. Fileiras intermináveis de carros parados. Dava para ver somente as luzinhas vermelhas, por vezes piscando. As contas no banco do passageira; sim, ele as carregava consigo. As contas de dígitos imensos e nem tinha tido tempo de cortar o cabelo e fazer a barba. Havia uma lista de coisas para fazer. Mas tudo o que desejava agora era deitar em sua cama, dar boa noite para a mãe e dormir pesadamente, longamente, sem preocupações.
Ao chegar em casa naquela noite, ele colocou a chave do carro em cima da mesa, foi até a cozinha, tomou um gole de água, trocou de roupa, deu o beijo de boa noite no retrato da mãe e deitou-se.
No dia seguinte, o guarda-roupa vazio, alguns livros da estante faltando, a cama desarrumada, a chave do carro em cima da mesa e o retrato da mãe. Havia partido.
Longe, sentado na cadeira de vime, lembrou-se: preciso cortar o cabelo...

There is something behind it

Sentimentos que avoam por entre os carros pesados, as fumaças longícuas e todos, todos os tipos de transeuntes.
Eu, preso neles perco o rumo, me encaixo no ritmo lento de não entender diabos de nada. Eu, preso em resquícios, esqueço do trabalho que devo exercer. Exercer entre barras de ferro, lutas armadas e casas coloridas.
É, sem inspiração é assim mesmo. Sem vontade, sem força. Força. O que é isso mesmo?

Tuesday, August 21, 2007

A Sorta Fairytale

Dia frio. Dia de nuvens aglomeradas em duas ou três cores, como se elas não pudessem, sozinhas, multiplicar o céu. Ele é um só. Sim, as manhãs podem ser feitas disso ou daquilo. Pensamentos dispersos, vontades que ficam presas dentro de uma, duas ou três cores. Um telefoneme. Uma vontade só de ouvir aquela voz tão familiar.
Dois ou três lutos. Vontade de viver que é só representação daquilo que não sou e não posso ser. Jamais pensar além de si, além daquilo que é a força que conhecemos. Sempre e jamais. Ando junto quando conheço apenas pouco, bem pouco, daquilo que era para ser o futuro. Dois ou três lutos. E por que veio tudo junto? Dois ou três caminhos estilhaçados que machucam os pés. Dia frio. Dia de esconder-se dentro daquilo que não é um refúgio, mas somente o pouco que se conquistou entre o muito que foi sonhado. Sonhar...talvez sonhar seja isso. Talvez viver seja sonhar. Sonhar com aquilo que não se tem. Sonhar em ter beijos de boa noite. Sonhar que algo pode ser eterno. Sonhar que o olhar jamais poderá se modificar. Em pouco tempo, em instantes algo mudou. Algo mudou em instantes. Eu pensei que era aquilo mesmo o futuro, mas era só reserva de anos.
Dois ou três paixões. Uma por mês. Uma por dia e uma por hora. Quantos suspiros, vontade de representar a vida como ela não é. É difícil entender; juro que tento. Entender essas manifestações ou ditados populares que dizem "ninguém disse que seria fácil". E foram somente 25 anos de estadia. Foram 25 vezes que eu pensei, só hoje, na saudade. 25 minutos que eu demorei para dormir ontem. 25 segundos para eu decidir qualquer coisa que valha a pena. 25 meses, 25 piscadas, 25 vontades em 1 minutos e 25 dias que eu não paro para ver que na minha janela tem um ninho de formigas.
Dois ou três lutos, duas ou três cores, 25 anos que não reparo em mim. 25 anos que tento ocupar um lugar que não é meu - que é aqui mesmo, nesse exato momento em que tudo é agora, perene, e será fantasma no amanhã.
Dia frio. Será só isso?
25 minutos para sentir a pele arrepiar, o corpo esfriar, os olhos cerrarem com o vento batendo e ingerir um vírus. 25 segundos para eu sentir que foi só isso: um dia frio.

Soudtrack - Tori Amos - Scarlet´s Walk

Monday, August 20, 2007

One drink. One night.

Tem disso mesmo né? Sim, estranhamente, jogos são jogos. E nem é tão estranho assim. É só uma questão de saber analisar nuances, percalços e, sim, diversos indícios de que viver é jogar. Jogamos para ganhar. Um sobre o outro. Infelizmente, é um jogo e difícil é parceber-se dentro de uma partida, como um dado, rolando de um lado para o outro. O número mais alto ganha.
Sim, a vida é mesmo um jogo. E que sensação é esta de ter sigo "jogável"? Ah, uma das piores, lhe digo. Pode-se apostar alto nessas fichas. E aquela canção que eu queria te dizer, eu mesmo esqueci a letra. De repente me vem aquele negócio que não sei o nome e não consigo explicar. É uma espécie de tormento e como diz aquela música, "I disconect". Sim, tiro o plug e deixo de lado. Pois é assim que tudo funciona. De um lado para o outro, os dados são lançados. Ganha quem se acha o melhor.
Tem disso mesmo. Um dia embaixo, outro em cima.
"Vamos acabar com o samba, madame não gosta que ninguém sambe"!

Friday, August 17, 2007

The Sun in my mouth


Essa é a canção que hoje me fez chorar.

Fazia tempo que esse motivo, sim esse motivo, não me fazia chorar. É simples. Muitos acham que a forma de se representar é exquisita ou motivo de ser chamada de "louca". Entender Bjork, me odeiem por isso, é perceber que a arte se manifesta em formas diferenciadas. Van Gogh foi considerado um péssimo pintor e um louco durante toda sua vida. Recebeu críticas de seus colegas de nomes respeitáveis, mas ainda hoje é tido como um louco.


O cd Vespertine, a grande obra de arte de Bjork, é mítico. Música e letra combinam a estética de uma crianção, que eu diria, perfeita: um mundo mágico, mítico, algo como um conto de fadas gótico-romântico. Adentrar nesse mundo, esse mundo tão perto, é reconhecer manifestações do nosso próprio inconsciente. Bjork é assim. Deve-se ouvir atentamente, com um fone no ouvido, todas as vozes e sons.

Ela se destaca na pura originalidade, na mágica criação de suas músicas, no estilo ímpar e único. Deve ser apreciada aos poucos em suas metamorfoses e na sua influência em muitos músicos, artistas de diferentes áreas e, claro, sua influência nas áreas do espírito. Sim, Bjork é, antes de tudo, uma experiência.

Ousar. Ousar ouví-la. Respeitá-lo, no mínimo.

Aqui uma letra perfeita. Basta ouvir a música, igualmente perfeita, sincera e brutal.

Bjork - Sun In My Mouth
I will wade out
Till my thighs are steeped
In burning flowers
I will take the sun in my mouth
And leap into the ripe air
Alive with closed eyes
To dash against darkness
In the sleeping curves of my body
Shall enter fingers
Of smooth mastery
With chasteness of sea-girls
Will I complete the mystery
Of my flesh
Will I complete the mystery
Of my flesh
My flesh

Thursday, August 16, 2007

I Change my mind

Sim, depois de horas ouvindo o Gilberto me veio a conclusão.
Não darei aqui assim, gratuitamente.
Quero deixar somente entre as aspas. O importante é manter firme o passo, pois logo a chuva começará a cair.
Final de semana perto. Final de semana.
Vai Gilberto, cala essa puta dessa boca!

Doralice

Essa é a música que eu e a Silvinha gostamos.
"Doralice, meu bem, como é que nós vamos fazer?"
"Até parece que eu estava advinhando..."
É, a vida tem dessas mesmo que o Gilberto canta. A vida tem lá seus mistérios. E cada vez mais eu pareço uma novela do Manoel Carlos. Mudei a linguagem. Calma, é só para ordenar as idéias.
Tudo pode mudar em um instante. Dois ou três minutos e eu, de repente, tenho o seu beijo confortável, terno e cheio daquele amor da primeira vez. De repente eu tenho a sua saliva na minha boca e aquele gosto tão, mas tão, familiar - o mesmo que perdurou na minha boca e por todo o meu corpo. São poucos segundo que a vida dá. De repente eu tenho o seu calor no meu corpo, perto, bem perto, como se este instante pudesse durar eternamente. De repente, eu sou aquele que sempre fez olhos caridosos e você sempre com aquele olhar complacente. Somos essa história, eu diria, uma novela.
De repente me vem a sua boca, os seus lábios finos, o seu gosto que só quem amou sabe o saber que tem.
"Muita calma pra pensar". Gilberto hoje é trilha. Não saberei separar sentimentos. Amo e sou apaixonado. São duas oposições. São duas antíteses.
Vamos, Gilberto, canta pra mim: "o que é felicidade, meu amor?".

Wednesday, August 15, 2007

You knew all along

Certo que outras vozes podem nos confrontar, ficamos em silêncio. O silêncio.
Isso que é estranho, essa voz dentro da consciente que define aquilo que somos. Essa transparência nos é, assim, uma rara definição; uma das poucas inclusive.
SIm, o silêncio provoca, estimula, argumenta aqueles fatos que não conseguimos, com a fala, dizer/fazer.
É nele, que rezamos em paixões, que manifestamos desejos que não podem, ou não podemos, expressar seja por medo, receio ou pura covardia. Aqueles momentos de silêncio que parecem horas arrastadas é a tentativa de fazer com que o discurso desça goela abaixo.
Mestres do silêncio. Rege a paixão, a vontade e tudo o mais que há dentro de um coração, simples, mas covarde!
Shhhhhhh

Sunday, August 12, 2007

Here is no Why

Tem aquelas músicas que falam disso. Tem outras que falam daquilo. Eu, não falo nada, digo isso.
Aqui não tem mais porquê. É simples, não menos prazeroso, mas simples. Já falei da paixão. Já teorizei aquilo que não é teórico - coisas do coração. Sentir o peso, leve, de deitar a cabeça e imaginar traços tão familiares. Pode ser, mas será simples. Por que não podemos ter essa simplicidade quando o assunto é sentimento? Devemos sempre complicar, impôr limites, deixar subentendido. É, alguns dirão que sim, que tudo isso pode ser deveras perigoso. Eu, sempre aposto nas cartadas. Naquela vontade de dizer e dizer.
Sim, é simples mesmo. Aqui eu só falo disso. Tem a mania de escrever o que sinto, de atropelar sentimentos e nunca ter uma resolução exata das coisas. Dessa, talvez, eu tenha. Aquilo que ao invés de corroer e queimar, faz-me leve, pleno por longos momentos do dia. Não sou romântico, ou não aprendi a ser, e só tenho minhas palavras tão pequenas a oferecer. Simples e um ou dois segundos. Me dê só mais um segundo, para eu te mostrar bem lá no fundo.
Simples,
Aqui não tem porquê. Sentir.

Friday, August 10, 2007

That´s the way...

O Chico canta "não se afobe não, que nada é pra já".
É a tal paciência. Paciência do sentimento oculto, da face corada, do corpo suado e calorento. É paciência pelo beijo, pelo abraço que não agradece, mas afaga; a paciência pela hora de dormir com a mão no cabelo - eletrizando a ponta dos dedos.
Sim, a paciência daquilo que cresce, engrandece e enobrece. Pode ser algo imortal, pode ser para ultrapassar vidas. Efêmeros já somos. Devemos cultivar tudo o que pode ser imortal.
O Chico canta "futuros amantes quiça, amarão sem saber". E não saber mesmo e se "amores serão sempre amáveis", eu te espero.
Eu espero resoluções suas. O caminho pode se encontrar. Eu já estou nele. Espero-te.
Assim, do jeito que é, compensa a paciência.
E o Chico me falando "não se afobe não, que nada é pra já, o amor não tem pressa ele pode esperar...".
Ele chegou, agora ele espera.
É a tal paciência.

Thursday, August 09, 2007

Spread your Wing. Fly high...

É chegada a hora.
Despedidas entre beijos, abraços e a vontade de não separar-se. É chegada a hora em que a vida preparou, silenciosa, o seu vôo mais alto. E talvez seja ele ainda uma decolagem. Você que possui essa força, esse encantamento e só para você eu usaria a palavra "cintilante", você agora parte para desembrulhar o presente que estava reservado. Um embrulho vermelho, laço e pacote vermelho. Esse presente que é destinado àqueles que saberão como sorrir diante. Não se vá sem lembrar do que fez, em pouco tempo, dentro dos nossos corações.
É chegada hora.
Você que agora embarca no seu destino. Você que agora percorrerá uma vida nova. Sinta-se, você está só no começo. O futuro será ainda maior, mais alto e cintilante. Erga suas asas; o vento, o céu, Ele, pede que você abra essas asas e erga-se para seu futuro melhor. Aqui, ficaremos por enquanto, nas batidas dos nossos corações transbordantes de saudades, até nos encontrarmos novamente. E a vida se encarregará disso. Do destino, não fugimos e dele não fugiremos.
É chegada a hora de deixar seu acento vazio para que você possa voar. É a sua felicidade que está só começando. Esse é o seu tempo, Mari. Aqui, aqui dentro do meu coração eu sempre encontrarei você, como algo raro e, não menos, ímpar. Cative o mundo. Conquiste esse mundo que ele é só seu.
Eu, aqui, fico com meu amor, porque eu amo você! E logo, logo, você poderá emprestar-me suas asas.
É chegada a hora.
Boa viagem.
(estarei na cauda do seu cometa)

Que ça

Quem sabe?
De destinos, de futuros ou de amantes? Quem sabe de tudo isso?
Será mesmo o tempo que me dirá ser eterno tudo isso ou mais uma confusão minha?
Quem sabe?

Tuesday, August 07, 2007

A lot of time

Eu preciso de tempo. Muito tempo para dizer tudo o que há.
Sim, eu preciso de tempo. Em verdade, muitos processos precisam ainda acontecer dentro e fora. Ou de fora para dentro. São moléculas, quase presas, dentro de uma bolha de tempo. Nós paramos. Eu acompanho certas batidas que há tempos deveriam ter sido enterradas. Quanto tempo mais...
É verdade que em outros tempos eu me apressaria, como o fiz, e correria para lugares que conheço bem. Hoje, eu preciso de tempo. Aquela tal paciência - das cartas - parece, enfim, ter assumido um lugar dentro de mim. Ando pensando em metáforas para elaborar isso e mais algumas coisas que estão presas em mim. É como se eu fosse uma presa, uma caça daquilo que não deseja nem o arco, nem a flecha. E por mais que eu tenha lido, ouvido e feito, hoje as palavras musicadas e poéticas parecem ter perdido o ritmo. E quem foi mesmo que disse: "então, isso é viver?". Assim, desse jeito. Então isso é viver. Dificil, árduo, sangrento e, por que não, um trabalho quase braçal. Uma duas três pedras e Drummond já está escondido nos escombros de folhas arrancadas, capas de livros e alguns outros pertences perdidos no meu quarto.
Sim, uma doença. Algo assim. Como eu, que sou vírus, me devoro. Isso é para outro momento.
O que importa é a célebre frase, de alguém cuja inteligência - ou não - me fez acreditar que "enfim, isso é viver". Algo que me fez acreditar que talvez seja uma das melhores fases da minha vida. Não consigo me lembrar o dia em que fui tão confortável com os eventos, com o meu coração, com minhas mãos e com tudo aquilo que sinto, veloz, desenfreado e com gozo profundo.
Mas eu preciso de tempo. Eu preciso de tempo para poder entender o que se passa, passou e passará. Eu ontem me extrapolei. Há tempos não ficava nervoso e ainda não cheguei ao estágio de poder dizer/entender os motivos de um mau humor repentino. Não, não sou bipolar e nem aderi a moda de dizer que sou. Também não estou usando drogas, mas talvez eu tenha um vício. Um vício que poucos conhecem.
Eu preciso de tempo. Àqueles que sabem o quanto posso viver assim dentro de um buraco, sabem que preciso de tempo. Tempo para enfim tentar dizer "então viver é isso!".
Mas eu preciso de tempo. Mais do que eu imaginei que fosse precisar. Uma jaula? Parece boa idéia. Contudo, o tempo me diz que devo erguer-me frente as badaladas do relógio e acertar alguns ponteiros que deixei sem conserto.
É maior do que eu imaginei. Maior do que eu pensei. Maior. Só.
Eu preciso de tempo para entender.
Eu preciso de tempo para escrever.
Eu preciso de tempo.
Eu preciso.
Eu.

Friday, August 03, 2007

If you fall i will catch, and you find me

Algum tempo sem escrever por aqui.
Algum tempo, ainda, sem pensar muito sobre o muito que têm acontecido.
É aquela velha sensação; contentamento e descontentamento?
Reclamar? Claro que não. O importante é sentir tudo de todas as formas. Tenho planos que não cumpro. Ver meus amigos. Arrumar a minha casa e escrever o meu livro. Planos, somente planos e nada mais que isso. Concretizar demanda aquilo, você sabe, aquilo mesmo que ninguém entende. Uma matéria física, formada e cristalizada que se perde dentro da gente e, sem saber como, lá ela vive.
Matéria de organismo vivo e predador. Sim, eu pensei agora que meu coração, ele mesmo, é assim: um predador. Consome a si próprio. Devora seu interior como um animal em fúria. Coração canibal. Não, não é vagabundo. É coração sem rumo, sem alvo, apenas com uma seta apontada. Quantas vezes mais? Sim, consome a si próprio sem medo e sem vergonha - coração suicida.
De resto, tudo ainda parece sem sentido. Sem por menores, a vida é estar no sentimento pleno da solidão. O vínculo que se rompeu e que comemora 3 anos de vida.
Outra coisa séria, sem comentários. Deixa pra lá.
Enfim, dispersei.
Bom final de semana.