Monday, June 25, 2007

Seu pai disse. Sua mãe ordenou.

Como diz a letra "não quero luxo, nem lixo. Meu sonho é ser imortal".
Um dia, naquela semana ainda criança, seus pais disseram brevemente:
- Filho, cuidado!
- Sim, cuidado!
- É uma pena que eu não estarei mais aqui para deixar você brincar no quintal...
- Eu quero ver você se dar bem na vida.
- A mãe sabe que é difícil e ninguém disse que seria fácil. Amar é simples, bem simples.
- E não complique nada. Eu sei que você não vai complicar.
- Amar é fácil.
Disse a mãe.
Encontros, reencontros escondidos em cartas, espelhos quebrados e aquela antiga sensação de que não deu certo. Certo? Subjetividade. Oriundo de vontades, quem somos para querer o certo. Imaginar o certo pensando no errado. Quantos filósofos´já disseram que a dialética entre o certo e o errado é errônea? Sim, mas não acreditamos.
Acreditar é o começo de qualquer coisa. Querer, disposição, aventura e quantos mais etc que existem. Acreditar. Parece-me algo sempre muito delicado. O perigo nos percorre entre as palavras, entre o querer, poder e não-querer. Seremos uma eterna história do vaivém: coração, mente, coração. Chegadas e partidas, estamos em busca.
A mãe disse que amar é simples. Nunca ouvimos nossos pais. Eles são e serão sempre aquela voz da consciência que não ouvimos.
Para o bom e para o mau. Paciência? Temos, claro. Hoje no frio eu queria só aquela coisa. Menino de vila. E a mãe disse, o pai alertou, os amigos, preocupados disseram e aconselharam. Enfim, quem disse realmente que seria tudo tão fácil e simples?
Surpresas que não se acabam.
Hoje é só segunda-feira.

2 comments:

Maria Carolina said...

sei que eu deixei meu rosto em alguns espelhos esquecidos e uma rosa amarrotada de silencio me viu por dentro... é, eu sou amiga de esquecidos e de flores. sabe, eu estou pensando no tempo mas não sei das horas... palavras, sonhos, vultos não são alegres nem tristes,
estão ocultos na canção!

Maria Carolina said...

Ah. E Dona Melancia sou eu, Maria Carolina

:)