Questão de vida. Ou morte.
Querer aquilo que se pode ter. Vontades de um sentimento maior. Letras e canção. Tudo romantico e etéreo. Sentimentos. Difícil, bem difícil. Questão de vida. Ou morte.
Namorar, talvez seja um dos atos mais complicados da vida. Complicado por ser subjetivo. Sim, subjetivo. Namorar envolve sentimento que são, por natureza, subjetivos e indefiníveis. Podemos sentir, mas não definir. Estranho. Sim, mas real. E a ânsia de se querer alguém? O que é esse limite de sentir que não bastamos por si só? Não deveria ser exatamente ao contrário, quer dizer, deveríamos nos bastar nas noites de sábado, no cinema sozinho aos domingos, no banho, no dia dos namorados e no ano novo com a família? A realidade nunca será perfeita.
Em verdade, a questão nem se trata de aceitar ou recusar. É importante. Pensar a respeito.
Querer alguém? Muito genérico. Pode até ser uma vontade. Quanto a isso nem é necessário levantar discussão. O problema, ao que me parece, é ser o tal do genérico. Querer um namorado significa, a priori, se dispor a aceitar, mas essa aceitação é fruto de um certo "desespero"; a vontade é só carência. Agora, me parece estranho querer alguém somente pela carência, já que esse sentimento deveria ser preenchido não por um namorado, mas pelas coisas da vida que estão faltando. Estranho. Deveras estranho.
O namorado(a) deverá ser produto de vontade, ao meu ver, quando encontramos esse certo "alguém". "Quero namorar ele". "Quero casar com ela". Essa vontade me parece sempre mais genuína e saudável. Existem muitos limites. Todos tênues e frágeis. Não quero o genérico.
O namorado genérico virá, com certeza, mas não será o que se espera e não conseguirá preencher a lacuna. Talvez por um tempo consiga, mas como tudo que é frágil, logo ele poderá quebrar-se.
Devemos saber valores de si mesmos. Devemos esperar? Esperar não. Devemos saber, em primeiro lugar, se sabemos viver sozinhos e quando digo sozinho não me refiro a solidão melancólica, mas ao simples, e piegas, fato de sabermos passar um sábado a noite em casa.
Eu, e não é segredo, estou disposto a ter um relacionamento, mas não é genérico. Ao contrário, eu sei bem quem eu quero. E tudo se encarrega. Procura? Não, eu achei, se não funcionou paciência. O importante para mim é saber que antes de querer um "namorado" eu quero deitar, ler um livro e ficar deitado em uma tarde de sol em casa, sozinho ou acompanhado.
Enfim. Sem moralismo. Só reflexão.
Para Maria, Fabi, Mario e Tato (o menino do robozinho).