Tuesday, February 20, 2007

The Hours...each time

Ouvindo Philip Glass. Trilha sonora de As Horas. Eu funciono pela emoção e por isso sempre que vejo esse filme, leio o livro ou ouço a trilha é porque alguma parte muito emocional de mim quer tornar-se pragmática. E não posso negar que ainda tenho algumas pendências nesse meu lado que faz com que eu coma as beiradas dos dedos. Ainda descobri que meu lado emocional me causou uma alergia que, por sinal, está passando sem remédios.
Ainda com preocupações, sorrir me parece ser a melhor alternativa porque meu sorriso vem naturalmente como veio e como está vindo. As reflexões desse carnaval foram muitas. Lembrei-me de minha mãe e da sua história de vida. Talvez seja ela me ajudando em forma de esperança interna, como algo que vem em prenúncio...Essa história me faz crer na força, na luta e no poder de recriar, recomeçar e reconstruir tudo - do zero. Ainda que eu possa sentir medo, a força disso me vem pelas mãos, pelos pés e por todo o meu corpo. Sorrir como solução. Acho que é esse o lema. Os problemas aparecem não como obstáculos, mas como formas de vida. O sentido se transforma. A vida vem,diz, obriga-nos a criar uma força. E só recebemos aquilo que podemos aguentar. E sentir que o riso se tornará o futuro de uma lágrima do presente. Esse é o lema.
E começo assim. Limpando as gavetas, os armários, as estantes e as memórias. As horas passam. As memórias permanecem como fantasmas de tempos outros. Limpar a memória física não é apagar o coração, mas simplesmente esvaziar o espaço que poderá ser ocupado pelo por vir. São as horas que correm rumo ao destino.

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