Friday, October 03, 2008

On the road

Nas incessantes buscas por um estado permanente de felicidade absoluta, as armas e os barões assinalados se foram.


Praias, desertos, pequenos pedaços de gleba, mudas de eucalipto e o terro arado. Naus furiosas, um antigo passado, daqueles remotos tempos de sermões escritos na areia da praia, dessa herança que vem tardia encontrar os destroços daquilo que um dia foi o sonho do paraíso. De toda nudez verdadeira, o castigo foi a castração definitiva. E tudo, todas as idéias inovadores, pelo assassinato do subjetivismo ou mesmo do relativismo moral a que estamos tão acostumados, nada restou.


Incêndios, ventos com a força de um mito, norte, sul, sem bússola ou tecnologia para se saber chegar. Uma incenssante busca pelo eterno, por aquilo que dá o sentimento de duradouro, fora de nós, no outro e naqueles que nos são semelhantes. E dessa busca, todos os resultados esquizofrênios e pelo menos uma vez na vida, tudo parece em completa desordem. Soltar pombas-brancas, libertar animais em extinsão, deixar tigres, leões, onças e até mesmo aquela ave-azul-raríssima, deixar tudo solto. Tudo é uma questão de entender essa nossa herança que nos veio corrompida pelos desejos dos nossos ancestrais. Aqueles que trouxeram nos baús pilhas de roupas sujas, algumas doenças venéreas, dentes podres, um ou dois livros e toda a esperança de um dia ser o sonho. E desse sonho, fizeram sua viagem.
Exatamente como fazemos hoje:


do sonho, esperamos ser aquilo que não somos. conduzidos mar afora, sabe lá deus por quem.
Mas conduzidos por um sonho, talvez, inexistente.

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