De tempos em tempos, conseguimos sentir a terra girar. Sentir o movimento e quase um balanço de tudo. Se olharmos atentamente para o céu, esse movimento passa, talvez, nas nuvens. É só uma dúvida. Mas é nesse movimento de giro, nesse vaivém das coisas que, vez ou outra, caímos no mesmo lugar. Os céticos, passam a acreditar no mistério. Sem mistério, ele não existe. Os passionais se deparam com a dura realidade do racionalismo puro e essencial. Eu, eu me deparo com aquilo que me recuso a aceitar. É uma questão de crença. Tudo girou, parou, voltou a girar, e ontem, sem que nada pudesse ter efeito, eu voltei para o mesmo lugar. Ali, na minha frente veio alto, doce, engraçado, me dizer que é exatamente esse o tipo que eu preciso na minha vida. Nada mais de arrogâncias sexuais, pendantismos artísticos, máscaras de infância perdida, sentimentalismos baratos da vaidade e até mesmo antigos rumores de que o amor é ligar toda noite para alguém. Esse giro. Esse giro que faz com que haja movimento entre o que se viveu, com o presente de se estar no meio.
Não que ele pudesse ser meu. Ele não pode. Ao menos, ele tornou-se esse giro que me mostrou que ainda tem um "Q" de espera por vir. Mas nada mais dessa pintura torta, dessas músicas regradas ao doce sabor do fútil e até mesmo as vontades do ego espedaçado. Aqui, só a suavidade de acreditar, de me fazer sentir que de giro em giro, pé em pé, a gente sai do lugar.
1 comment:
é...
é... me da esperança também...
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