Pudesse eu não ter laços nem limites, dos sonhos que acalentam possíveis insônias, lá no fundo ouço aquele borbulhar de espumas. P'ra poder responder aos Teus convites, suspensos na surpresa dos instantes, um dia eu esqueço de abrir as cartas. Um dia esqueço de abrir os olhos e circular pelo mundo como sombra de penas.
Se posso ser, por que não serei pássaro assombrado pelos ares quentes? Um certo hipismo e logo tenho a vida em rédeas curtas. Eu ouço aquele borbulhar ou seria apenas o meu coração transbordando os momentos que me fizeram ir ao longe, tirando os pés do chão, levitando entre o inferno e o céu. Ali, mesmo, naquele lugar tão repleto de felicidade eu encontrei a chave.
Blackout do corpo. Foi a tentativa. Se fosse poeta de boas palavras eu diria: Para ser grande, sê inteiro, põe quanto és no mínimo que fazes.
Mas eu perdi certos sonhos, certos olhares, certas vontades de ter seus beijos como boa-noite. Nada teu exagera ou exclui. E não se perdeu nenhuma coisa em mim. Como o mar que se afasta da areia, retorna sem pedir licença. Não sou de dar adeus, a ele nada me serve. Não sou de dar as costas e nem dar nós nos cabelos. E através de todas as presenças, caminho para a única unidade: o que poderei ser nos tempos curtos da minha vaga história.
Não tenho limites, laços, cores vibrantes. Para ti, sobrou o que um dia foi teu: memória do que fui. Vou trazendo as Sophias, os Tatos, as Virginias, Fabianas, Marias, Cristo, mães, amigas e tudo mais que soube conservar como o mar conserva o sol.
Um dia ainda vou engolir o sol; deixar queimar a vida dentro da vida e ainda sentir o frio da ansiedade. Vou engolir o sol, esquecer as bocas e os dedos apontados. Um dia o sol vai me lembrar que lá longe ele me esquenta. Ela não sabe, mas além do Taj Mahal eu vou na trip do sol, sem roupa no corpo, sem fumo e sem álcool.
O pesar é saber que os momentos foram sós de histeria. Se tanto me dói que as coisas passemÉ porque cada instante em mim foi vivo na busca de um bem definitivo em que as coisas de Amor se eternizassem. E foram elas perdidas por entre dedos, gritos, suores e vozes, muitas vozes de estranhos, porém familiares, ares de sentimento.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos, e vou de mãos dadas com os perigos. Sabendo que meus dentes cerram um tecido fino que é tua pele. Porque os outros calculam, mas eu não.
Não calculei que meu limite terminava exatamente no calor de tua pele.
Não sou de dar adeus. Vou-me partindo, vendo a paisagem diminuir, vendo teu rosto sem expressão e digo, sem que possas ouvir:
Se posso ser, por que não serei pássaro assombrado pelos ares quentes? Um certo hipismo e logo tenho a vida em rédeas curtas. Eu ouço aquele borbulhar ou seria apenas o meu coração transbordando os momentos que me fizeram ir ao longe, tirando os pés do chão, levitando entre o inferno e o céu. Ali, mesmo, naquele lugar tão repleto de felicidade eu encontrei a chave.
Blackout do corpo. Foi a tentativa. Se fosse poeta de boas palavras eu diria: Para ser grande, sê inteiro, põe quanto és no mínimo que fazes.
Mas eu perdi certos sonhos, certos olhares, certas vontades de ter seus beijos como boa-noite. Nada teu exagera ou exclui. E não se perdeu nenhuma coisa em mim. Como o mar que se afasta da areia, retorna sem pedir licença. Não sou de dar adeus, a ele nada me serve. Não sou de dar as costas e nem dar nós nos cabelos. E através de todas as presenças, caminho para a única unidade: o que poderei ser nos tempos curtos da minha vaga história.
Não tenho limites, laços, cores vibrantes. Para ti, sobrou o que um dia foi teu: memória do que fui. Vou trazendo as Sophias, os Tatos, as Virginias, Fabianas, Marias, Cristo, mães, amigas e tudo mais que soube conservar como o mar conserva o sol.
Um dia ainda vou engolir o sol; deixar queimar a vida dentro da vida e ainda sentir o frio da ansiedade. Vou engolir o sol, esquecer as bocas e os dedos apontados. Um dia o sol vai me lembrar que lá longe ele me esquenta. Ela não sabe, mas além do Taj Mahal eu vou na trip do sol, sem roupa no corpo, sem fumo e sem álcool.
O pesar é saber que os momentos foram sós de histeria. Se tanto me dói que as coisas passemÉ porque cada instante em mim foi vivo na busca de um bem definitivo em que as coisas de Amor se eternizassem. E foram elas perdidas por entre dedos, gritos, suores e vozes, muitas vozes de estranhos, porém familiares, ares de sentimento.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos, e vou de mãos dadas com os perigos. Sabendo que meus dentes cerram um tecido fino que é tua pele. Porque os outros calculam, mas eu não.
Não calculei que meu limite terminava exatamente no calor de tua pele.
Não sou de dar adeus. Vou-me partindo, vendo a paisagem diminuir, vendo teu rosto sem expressão e digo, sem que possas ouvir: