Entre as fotos, o sono, o derradeiro prazer de saber, sentir, ver. Um dia frio e outro quente. Há quanto tempo sem ter o que escrever e por isso saio por ai falando do tempo. Pouco interessa o tempo, as nuvens, as chuvas e até mesmo o frio. Se é verão, que faça calor. Cada coisa tem seu lugar de ser e existir. Se existe é porque deve ser.
Wednesday, November 28, 2007
Se é verão...
Entre as fotos, o sono, o derradeiro prazer de saber, sentir, ver. Um dia frio e outro quente. Há quanto tempo sem ter o que escrever e por isso saio por ai falando do tempo. Pouco interessa o tempo, as nuvens, as chuvas e até mesmo o frio. Se é verão, que faça calor. Cada coisa tem seu lugar de ser e existir. Se existe é porque deve ser.
Friday, November 23, 2007
Close your eyes
Sem as bolhas, tudo pode ter ou ser um truque. Ilusão de ótica. Maestria de quem sabe tirar coelhos da cartola. Sem cartola. Sem vontade. Serrar pessoas ao meio. É o mundo da magia. Ótica. Truques na manga. Em espera. Hold on. Plug play. Eu sei exatamente onde posso ir. Foi, talvez, fantasias. Mais do que eu imaginei ter. Tudo pode ser um truque.
Desvendar uma magia. Ela só vale enquanto dura, porque ela é mágica. E não outra coisa. Ela é fantasia enquanto dura. Só. Um truque.
Talvez dois.
Thursday, November 22, 2007
Meu sonho, meu estar, pesar, sentir tudo dessa forma. De intensidade em intensidade. Esses tais sonhos.
Wednesday, November 21, 2007
Default
Monday, November 19, 2007
A new thing
Tuesday, November 13, 2007
Os livros permaneciam empilhados na estante. Um sobre o outro. Algumas fotos esquecidas mediavam o pequeno espaço entre eles. Aquele lugar era segredo. Ocultava os mistérios dos momentos em que Julia sentava na cama, abria a primeira página e lia com gozo infantil o primeiro parágrafo. Um sobre o outro, os livros pareciam querer contar a vida como se eles fossem feitos de um presente, tomados pelas recordações assentadas entre as capas e as páginas. Há tempos que estavam ali naquela estante torta de madeira barata e sem cor. Alguns com as bordas rasgadas, outros em estado de emergência, mas empilhados uns sobre os outros. Os marca textos queriam poder ter chegado ao final, mas ficaram parados naquele tempo da preguiça em terminar o primeiro parágrafo; outros, afortunados, ultrapassaram a página vinte ou trinta, na melhor das hipóteses. Ali naquele espaço de tempos, todos guardavam em si um segredo e uma vontade. Pareciam ter vida. Em alguns, Julia deixava um registro a lápis, quase como se fosse uma borda para a primeira página. Eram rabiscos, desenhos tolos e pequenos poemas. Em casos raros, circulava palavras que lhe interessavam como “falácia”, “promontório”, “amor”. Mas estavam ali, obscuros, empilhados uns sobre os outros. Julia passava as mãos lentamente por eles na tentativa de senti-los respirar. Esquecia-se de ordena-los por título, autor, ano de publicação e assim deixava apenas uma ordem de chegada. Na compra de um novo título, corria a colocar o exemplar em último lugar, pois assim sabia que não haveria a obrigação de ler ou catalogar. O pó seco que vinha pela janela alojava-se como um inquilino vitalício e o sol raras vezes alcançava a estante. O tempo corria sem sentido naquele lugar de assombrações. Um a um os livros permaneciam empilhados na estante, entre as recordações e o passado. Presos no espaço.
Saturday, November 03, 2007
O Passado
The Assassin watch
Thursday, November 01, 2007
It´s Just the Price I Pay for it
A comemoração por 26 anos de vida. Contar, como se fossem ponteiros, os anos que nos separam do ventre e nos coloca entre o útero e a morte. Ao meio, partidos, cindidos, permeado de sonho. O que se formou dentro de 26 anos no espírito, no corpo, no discurso que foi se criou por meio de lágrimas, risos, vozes, tudo o que eu vi, ouvi, deixei de ver, deixei de ouvir, amei, deixei de amar, ganhei, perdi.
Tudo aquilo que se formou dentro de mim. Tudo aquilo que sou, que poderei ser e que um dia deixei de ser. “Feliz aniversário”. É o dia de retrospectivas, de abraços e apertos de mão, beijos e de anseios. Como se eu tivesse o dever, nos próximos 12 meses, de fazer o melhor, dar o melhor e ser o melhor. A cobrança que vem sei lá de onde. Talvez sejam os olhos Dela em cima de mim. A falência de uma paternidade. O horror. Enfim. Dia feliz. Vamos celebrar. Em um ano, me deram tudo o que eu não quis ver ou aprender. Como uma bomba. Jogaram-me a vida. Aprendi, meio tropeçando, pouco daquilo tudo. Ainda há, assumo, estilhaços espalhados por todos os lados. Estilhaços de erros e acertos. Por cima da cama, pelos cantos do quarto, entre os livros, na musica, nos quadros e nas roupas. Ainda resta um pouco daquilo que um dia eu fui e que jamais serei. Depois de dois lutos, duas perdas, alguns ganhos, tapas na cara, tombos, porradas, machucados, dei e distribuí muitos risos, alegrias e algumas lágrimas. Seguir em frente. Tenho mais 12 meses. 12 sonhos, 12 vontades, 12 manias e 12 erros. Tenho mais uns 26 anos para ser o que sonhei ser. A vontade dos outros. Que se foda a vontade dos outros. Fodá-se. Toca pra frente. Segue em diante. Sempre de cabeça erguida. Pedante mesmo. Como sempre fui.
Tenho hoje no meu coração, muitos outros. As pessoas que me ergueram. As pessoas que me deram força, ensinamentos, risos, tristezas. Todas aqui dentro reunidas. Esse ano, esse ano descobri algumas pessoas. Algumas partes de mim que estavam espalhadas pelo mundo. Tão perto e tão longe. Essas pessoas, umas nem sabem, mas são importantes na minha vida. São 26 motivos para contar. 26 vezes que eu precisei. 26 vezes que me fizeram rir. Queria colocar o nome de todos aqui. Não vai caber. Mas eu queria dar às palavras do meu texto nome de vocês. 26 vezes multiplicadas por mais 26. Esse ano. O ano em que descobri muito do que eu precisava. Caçador de tesouros. Caçador de vontades.
Enfim. Tem muito ainda do ano em mim. Fodam-se os estilhaços. O peso: mais 12 meses.