Thursday, March 29, 2007

Call it again...the phone it´s not ringing

Passei o dia andando pelo parque do Ibirapuera. Pensando na vida, nos caminhos e encontros. Refleti muito...e sem perceber as coisas começaram a vir. Algumas respostas, algumas interrogações, anseios e medos. Pensei em como tudo mudou rapidamente, e certos medos são, na verdade, proteções. E ainda ficou muita coisa presa no vazio, no limbo dos pensamentos.
Encontrar a saída é algo vagaroso. As vezes sinto que estou em um labirinto; algo me prende e não consigo sair nem achar a saída. Perdido. E hoje veio aquela sensação de solidão, de apertar as mãos só para lembrar como é ter as mãos seguradas. É também um efeito da carência, da falta de palavras doces e de afagos na cabeça. Tomar rumos é algo difícil. Saber trilhar o próprio caminho, com as próprias pernas, sem encostar naqueles muros com pontas grossas. Talvez hoje eu tenha escolhido um caminho, o mais leve possível. Chorei bastante. Saudade de muita coisa. Medo de outras, falta de muitas. Um telefonema que sempre me ergue a cabeça e saúda meu coração. Depois outro telefonema...Fiz algumas promessas, algumas juras para o nada. Só para eu mesmo. Tudo isso para ver se consigo decidir aquilo que não tem decisão...
É...vou seguindo, caminhando, trilhando, desenhando com aquarela esses rumos que é para depois a chuva apagar e não deixar meus rastros soltos pelo mundo.

Wednesday, March 28, 2007

I hope you had the time of your life

Quando é momento de parar?
Paciência. João me disse para ter paciência. Concordo. Sou impaciente. Realmente. Não sei, ou bem sei.
Barroquismo à parte. Alguém me responde: quando é hora de parar?

Tuesday, March 27, 2007

Good night, and good luck

Eu me inspiro em pequenos gestos.
Acredito em pequenas coisas. Ainda acredito em todo o futuro como se ele fosse feito de açucar. Deito, esqueço, acordo com o calor dos meus sonhos. Aprendi a controlar a intensidade dos meus desejos e deixar leve minhas vontades. Aquilo que me faz feliz. Aquele sorriso luminoso. Lumineux.
Eu me inspiro no detalhe de olhares; na solidão do meu querer e na presença do meu desejo. Isso é só um sonho de amanhã que acordo sempre com o sabor de um atraso. Querer nem sempre pode ser o poder, mas há sempre o poder de construir aquilo que se quer. E assim faço minhas noites na cama fingindo presença com o travesseiro. E controlo, controlo essas emoções para que o doce seja um presente embrulhado em papel laminado. Entreguei-me ao júbilo, à doçura do sentimento, e fui atraído como a abelha ao mel. E por que não deixaria meu coração sentir-se útil novamente? Ele me move, me faz crer e me inspira nas palavras, nos gestos e na parte boa que há em mim. Sem o meu coração, me tornaria um ser oco, sem intenções, sem sonhos e sem inspiração.
Sou movido pelo sangue e pela minha vontade de sempre sentir tudo ao mesmo tempo. Errado e certo não se confundem mais. Estou próximo àquilo que sou. Movimento meus pés em uma caminhada sem direção, sem rumo, com um destino incerto, pois é isso que me pede o coração nesse momento. A razão fica de lado, como se estivesse a espreita.
Por isso. Me inspiro em pequenas coisas, pequenos gestos, fragmentos...

Friday, March 23, 2007

Last Romance

Hoje me veio um pensamento. Algo estranho e inquietante. Em verdade, me veio tal pensamento por uma voz familiar. Todas aquelas histórias de filmes e livros românticos fazem sentido. É experiência. E hoje percebi o quanto me têm como uma pessoa "estranha". Sim, estranha porque nunca fui levado a sério em todos os sentidos. Isso incomoda, dói e magoa. Essa história de não ser levado a sério e talvez por este motivo eu tenha tido minha auto estima tão baixa e por isso eu compen(sava)so esse buraco com outras coisas que não eram necessárias. Vai saber...
Mas essa história de não ser levado a sério é séria, porque penso todas as vezes em que quis ou fiz alguma coisa do meu agrado e não teve importância. Como a minha pesquisa, as minhas leituras, os meus estudos, meus trabalhos, minhas palavras e discursos. Estranha essa sensação. Demasiadamente estranha. Depois de tantos anos, eu agora sou revelado como algo a não ser levado a sério. Imagine: é como se eu tivesse sido uma brincadeira, algo passageiro e sem motivo. Se não fosse a minha confiança no que eu sei e se não fosse minha crença, eu realmente ficaria abatido. É psicologia. Espelha-se no outro aquilo que se tem dentro si próprio: a insegurança, as incertezas, a fraqueza e a falta de seriedade. Simples, mas é algo incomodo...de verdade.
Certo que pelo menos uma pessoa no mundo pensa isso de mim, o que de certa forma é confortante, pois sei que para o resto, para as pessoas que me conhecem (mesmo há pouco tempo) eu sou isso que sou!
É...o tempo passa e o futuro se revela. O tempo passa e as certezas se solidificam. Sempre assim.

Monday, March 19, 2007

Something to remember

18/03/2007. Este dia está marcado como um dos mais inesquecíveis de todos os tempos. Foi um dia lindo, de sol e chuva e de alegrias, muitas alegrias. Aniversário de uma das pessoas mais incríveis que já conheci e que me disse palavras que eu jamais esquecerei, jamais - além é claro daquele mural precioso (carinhoso) que ele aprontou para a gente e que eu nem esperava me ver nele, mas lá estava eu para deixar o meu coração batendo mais forte o resto do dia!
E tem outros motivos para esse dia ter sido tão especial e só de lembrar me vem aquela vontade de chorar. Não é choro de tristeza não! São lágrimas de felicidade, de alegria verdadeira. Eu não tenho nem como expressar a emoção que eu sinto quando me lembro do nosso abraço (Lu, Fabi e eu) e de como ali, naquele momento, eu senti que nossa amizade se imortalizou, assim como meu carinho e amor por vocês...
Somos uma família, unidos todos de mãos dadas. Uma grande família. Este dia já está na minha história, na minha vida e no meu coração!
A grande família.

Thursday, March 15, 2007

Only Wishes

Faz tempo que não escrevo. Faz tempo que não deito a cabeça sem preocupações, faz tempo que achei que a vida poderia ser diferente, faz tempo que sinto saudade de um tempo que não pode ser mais vivido, faz tempo que muita coisa aconteceu, faz tempo em que tomei uma decisão e me desviei do caminho por alguém. São aqueles planos que a gente não planejou. Quando criança não imaginava que pudesse ser assim, e ninguém nunca me disse que seria tão difícil.
Faz tempo que meus amigos me fazem sorrir, faz tempo que eles me dão a alegria de estarmos juntos, faz tempo somente um tempo que tudo aconteceu e eles hoje são parte de mim, como um órgão vital. E por que será que com todos os problemas a minha volta, meu coração sente saudade? Saudade de beijo, de carinho, de corpo e pele e mão na nuca. Tudo o que circunda, todos os problemas que são obstáculos é fonte para o crescimento, para outrar-se em um novo que não possa mais aceitar as decisões de antigamente. E crescer nunca é fácil, nem pode, como deve.
Agora só me entrego onde sou bem vindo. Agora só beijo o rosto de quem dá valor, porque agora eu sou isso: ainda capaz de amar novamente sem rancores, ser mais livre, não ter condições, sou o que sou, sem pretensões, sem categorias. Porque agora, meu coração está aberto...e preenchendo aos poucos as direções e os rumos.

Saturday, March 10, 2007

Discovery Channel

Essa semana descobri muitas coisas. Descobri, graças a indicação e o gosto ímpar da Fabi, uma cantora chamada Amy Winehouse e fiquei viciado nela. Um cd inteiro de música interessantes, ritmos que vão do reggae, passando pelo folk, misturados a black music dos anos 40 e uma voz portentosa. Sim, essa é a Amy Winehouse.
Outras descobertas vieram e como sempre, descobertas vêm acompanhadas de surpresas que são, como diria, combústivel para a vida. É a descoberta foi o destino. Nada é por acaso, e isso não é nome de livro da Zibia. Realmente nada é por acaso. É como um grande quebra cabeças e, assim, deve-se, aos poucos, montar peça por peça. Como todo quebra cabeça a pressa nunca é convidade; deve-se manter a calma e fé, muita fé!
E depois da noite de ontem, incrível e maravilhosa, hoje assisti Contato. Meu deus! Como pode um filme ser tão científico e ao mesmo tempo religioso e sensível. A ciência não deveria ser o pilar do empirísmo? Mas é assim mesmo, se a ciência é empírica, porque não fazer dela um tema pela subjetiva arte do cinema?

Thursday, March 08, 2007

Alice in the wonderland...fuck it off


Eu não entendo Alice. Não entendo. Aquela lógica, aquela matemática. Talvez eu entenda mais do que desejaria entender. Sabe-se lá o que é realmente o país das maravilhas.

O importante é que hoje descobri uma voz, uma música, uma batida, um algo epifânico chamado Amy Winehouse. Estou surtanto! Louco, louco. Tem esses dias mesmo em que uma simples descoberta pode ser algo importante.

Ah, quanto a Alice. Fuck it!!!

Tuesday, March 06, 2007

Carefull

Há momentos em que se deve ter cuidado, mesmo que pareça não ser um momento para tanto. Mas há! É aquele cuidado de si, quase como uma precaução. Chega momentos na vida em que não se pode mais viver à beira dos limites, dos perigos e das emoções. Pode ser racional, e até certo ponto incrédulo, mas digo que é preciso. Talvez esse cuidado possa ser algo de maturidade, de saber onde se pisa ou até mesmo uma forma de manter-se com a cabeça no travesseiro e ter um sono tranquilo.
Nem sempre, o esperado é o conseguido. Ah! Quantos provérbios (parece até coisa de Sidarta). Na vida, temos sempre aquele desejo - a luxúria - de querer o que não está fácil. São obstáculos que fazem o movimento da vida, mas ainda assim os obstáculos devem ser postos à luz clara, nunca deve-se deixá-los no escuro. E por que será que o coração é sempre o que nos move e o sempre é esquecido e não cuidado? Talvez seja porque estamos acostumados, desde criança, a fazer sofrer certos sentimentos e a reprimir as vontades com medo de se machucar e, assim, quando crescemos e achamos que na vida adulta sabemos lidar com problemas emocionais, esquecemos que o coração é o mais frágil que temos dentro de cada um e por isso não cuidamos dele. Interessante que é exatamente o coração e os sentimentos os causadores dos maiores problemas da vida adulta. Incrível como quanto mais achamos ter aprendido, mais estamos errados.
Mas é preciso ter cuidado. Vide a bula. Não sabemos ler as instruções, ou não sabemos segui-las. E fico pensando: será que são as emoções que causam o movimento da vida, ou a dor que ela nos causa?
Eu fico com a teoria de Zaratustra. O movimento da vida é a dança, como diz aquele ditado popular "quem dança, seus males espanta". Bem, acho que não é exatamente isso, mas serve. Quando digo cuidado, digo no sentido de ser preciso, em certos momentos, ter aquela cautela e ouvir os medos. Por enquanto eu vou dançando, seguindo assim, do jeito que estou: sentado, escrevendo, lendo, procurando achar sentido - já achando - querendo as coisas para o meu futuro, para a minha vida. Será que depois de tudo, eu sei ter cuidado comigo?
Let´s face the music and dance, because, before this river becames an ocean!