Tuesday, December 09, 2008

Schopenhauer.

As atualizações de um sentido outro. Seria sentimento, pura explosão do corpo em pequenos astros reluzentes. A decadência das luzes, do material e do espiritual. Aquilo que enxergamos, já morto há milhares de anos. Nem estrelas, lua, ou mesmo anéis e bambolês. Não adianta olhar para cima. Gigantes, enormes pegadas e aquele peso quase desumano. O mundo nas costas.
Esse mesmo sentido outro, as coisas fora do lugar e sendo postas num canto, o canto direito do olho esquerdo, tapando e impedindo que a lágrima se deixe livre para escorrer sobre a face. Seria mesmo uma espécie de raiva. O mundo, a representação daquilo que se é enquanto matéria mal-formada. Da moral e até mesmo da Ética, pouco se pôde aprender. Das razões do espírito, leve ou fugaz, carregar a cruz seria melhor do que as mil chicotadas. Ele, sentido de toda construção, Ele mesmo a quem adcionamos letra maiúscula, nada pode fazer. As vontades e os sentidos. É o final do ano, as famílias reunidas, a vontade de querer reparar os vasos estilhaçados. Nem mesmos nos transfiguramos e já estamos pensando em pequenas oferendas aos deusas da antiguidade. Aqui, só a explosão de uma nova era. A era dos falcões, das águias voadoras que percorrem velozmente todos os estados da alma, pousando por fim naquela única ferida que não cicatrizou. As crianças abusando da boa vontade, experimentando brincadeiras e perversões. Restou somente a idéia do antigo menifesto dos laços eternos: rompê-los, todos, em um único e brutal movimento.
As atualizações do sentido. De pedra em pedra, pó em pó, choro em choro, resta a aversão do mundo. A representação do espelho. Cassandra sussurrando ao ouvido: largue-te! teu vôo alcançou outros ares.
Abdicar ao mundo.

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