Foi preciso muito tempo. Os agudos conselhos e a intermitente vontade de mover-se, daqui, dali e de todos os lugares. É preciso mais do que isso. Do espírito, da fé e de todo o resto que nos foi ensinado desde o berço. Ainda é preciso entender a maldade, a perversão das crianças assustadas que, levianas, passam a destruir com os dentes qualquer presa que se torne fácil. O calor movendo-se contra as nuvens-de-sombra. Ontem e hoje fervendo pelo insistente vapor dos banhos e curativos. Cicatrizar é um processo deveras doloroso. Mais doloroso, é a busca por aquilo que não somos; pelo inexistente, ou pelo vazio do Nada. Como diria Nietzsche, “À medida que buscamos as origens, vamos nos tornando caranguejos. O historiador olha para trás; até que finalmente também acredita para trás.”
É preciso tempo. Acalento. Infusões. Sentimentos amargos. Dor, agústia e alegria. Deixar o peixe apodrecer. Renegar à existência de qualquer espécie de fé ou ligação com o mundo material-espiritual. Abdicar à Ele, a Deus, abdicar à carne, ao corpo, ao espírito como forma de condução dos pés na brasa. É preciso tanto esforço. Ler demais, devorar cada palavra e cada vírgula de um texto, sem pé nem cabeça. Para entender o mundo, basta a fome pelo confinamento de grades. Entender esse raciocínio fraco, insosso e perverso.
Foi preciso muito tempo. Descobrir o mundo tal como ele é, em essência e representação. Do todo, a menor partícula. Da lágrima ao mais puro sorriso. Ainda é preciso mais tempo. Descobrir do mundo, os abusos, a solidão dos astros e Estrelas. Entender as crianças perversas, saborosas criaturas do desespero humanístico. Isso soa um tanto desafiador.
Por isso. É preciso mais tempo.
É preciso tempo. Acalento. Infusões. Sentimentos amargos. Dor, agústia e alegria. Deixar o peixe apodrecer. Renegar à existência de qualquer espécie de fé ou ligação com o mundo material-espiritual. Abdicar à Ele, a Deus, abdicar à carne, ao corpo, ao espírito como forma de condução dos pés na brasa. É preciso tanto esforço. Ler demais, devorar cada palavra e cada vírgula de um texto, sem pé nem cabeça. Para entender o mundo, basta a fome pelo confinamento de grades. Entender esse raciocínio fraco, insosso e perverso.
Foi preciso muito tempo. Descobrir o mundo tal como ele é, em essência e representação. Do todo, a menor partícula. Da lágrima ao mais puro sorriso. Ainda é preciso mais tempo. Descobrir do mundo, os abusos, a solidão dos astros e Estrelas. Entender as crianças perversas, saborosas criaturas do desespero humanístico. Isso soa um tanto desafiador.
Por isso. É preciso mais tempo.
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