Monday, September 29, 2008
As horas:
Monday, September 22, 2008
Algo A +
Friday, September 19, 2008
Um pedaço
Sunday, September 14, 2008
Ação de graças.
Entender alguns dias, uns poucos dias, faça sol ou faça chuva, Esses dias em que o cheiro da carne de panela, vinda do vizinho faz com que tudo pareça um pouco mais diferente. Todas as gritarias, portas batidas, sentimentos avulsos, versões musicadas e algumas peças de teatro, tudo escondido nos armários - no fundo, bem no fundo da gaveta.
Uns anseios estranhos. Umas batidas de corda quebrada e aquela volta no quarto. Passar a roupa da semana, arrumar a lixeira da bolsa-andarilha e ainda ter tempo de coar um café amargo e forte. Aí, vem a televisão ligada, um filme tosco me faz chorar. Uma lágrima que vem da cena entre duas irmãs - aquela tal reconciliação típica dos finais. O cheiro forte do feijão cozinhando e as campainhas tocando com as visitas de domingo. Um dia qualquer talvez. Uns anseios, pensamentos avulsos e, por que não, descartáveis. Arrumo a pilha de cds antigos e deixo a Billy Holiday no topo, caso precise. Arrumo os livros da Virginia e deixo-os ao lado do Cortázar. Endireito o quadro do Dali ao lado da cama e removo a foto Dela e coloco-a no criado-mudo. O abajur empoeirado, presente de uma amiga já distante, parece criar um outro ambiente. O telefone toca baixo, não ouço e não atendo. Dias comuns.
Tudo com um toque que inspira uma suposta sonoridade familiar: o cheiro da carne, o feijão, as tarefas domésticas. Mas ainda, por cima disso tudo, aquela ansiedade recente. As mudanças de pensamento. O jogo, a siesta e a música da Billy. Acendo o fogo, coloco a chaleira para esquentar a água e mais um café se vai; quente, amargo e forte: como em qualquer outro domingo...
Wednesday, September 10, 2008
Mala feita.
Tuesday, September 09, 2008
mi casa, su casa
Friday, September 05, 2008
confissões na pista de dança
Wednesday, September 03, 2008
in the arms of sleep
E nem sempre se vai assim, caminhando pelas paredes, arranhando e sangrando a ponta dos dedos. Essa idéia vaga de poder flutuar, dançar e escorrer cada centímetro do corpo, como se tudo pudesse ser feito tinta e pincel. É como estar sob efeito de alguma droga constante. Perde-se os sentidos, as roupas ficam diferentes e os sonhos tornam-se repetitivos. Na porta há sempre aquele aviso de entre. E nem sempre se vai assim. Pensando em tudo, revisitando cada lugar, cada olhar, toque e cada desejo que fez a boca salivar. Noites ou dias, o gole seco do pensamento impuro e mal dito. Nas paredes, as mãos presas em desejo masoquistas .Tapas na cara. Arranhões no peito. Mãos algemadas. Chupões no pescoço e nos braços. Tudo com uma leve dor de ontem. Uma leve dor do querer. Uma leve dor de sentir pulsar. A cada respiro, cada som dos meus ouvidos, cada sabor da minha boca, rejeito. Me transformo em algo assim, somente com um sonho por dentro, me fazendo viver, pisar forte e admirar formas infantis em nuvens de chuva. Nem sempre eu vou assim. Eu caminho entre os dias, corro na voz pesada e páro na porta. Mas é caminho de paredes. De lindas loucuras. Viver entre o existir antes e depois do desejo. Viver para ter a chance, para ter o gosto, o gozo, prazer de inundar meus olhos numa cor amarelada de mel. E meu sangue, meu doce sangue, jorra para viver de luz, para ser cor de sentimento. Mas nem sempre se vai assim. Hoje, caminhando.