Novamente se pode dizer que outras cidades surgirão em meio ao desalento. Outros tantos dizeres por vir, outras formas de encontrar conforto nos lugares mais inóspitos. Leituras desatenciosas que fizeram da vida o ambiente perfeito para a criação de vícios, maldições e desejos escusos. É como um giro, talvez, esse modo estranho e destruidor de caminhar rapidamente. Daquilo que foi desfeito, do renascimento germinado na saudade imensa e tudo refeito. Novamente, os braços de deus abertos, no aguardo ansioso pelo retorno do filho desgarrado. A oração apressada despertada pela droga, pelo calor e pela mente entorpecida. Esse mesmo rogar, rogar pela realização de sonhos, pelo ato de se viver, pela desavença, pelo dissabor do álcool e pelas madrugadas desnecessárias. Ninguém levará o corpo à cruz. O suor e o cuspe juntos na estranheza do querer-não-querer. Um jogo, uma peça e dois ou três filmes queimados.
Novamente, o parafuso girando contra a madeira, querendo arduamente ligar duas formas de vida incompatíveis: a minha e a que desejo. O desejo do saber tudo, sobre todas as formas e todas as maneiras. Que me perdoem todas as justiças divinas, mas ali, naquele mesmo canto particular, não há lugar para relicários.
Feche os olhos. Um, dois, três. Abra los ojos.
Novamente, o parafuso girando contra a madeira, querendo arduamente ligar duas formas de vida incompatíveis: a minha e a que desejo. O desejo do saber tudo, sobre todas as formas e todas as maneiras. Que me perdoem todas as justiças divinas, mas ali, naquele mesmo canto particular, não há lugar para relicários.
Feche os olhos. Um, dois, três. Abra los ojos.