Wednesday, February 24, 2010

Hoje de manhã.

Tudo amanhecendo. Os carros descendo a rua. As luzes das janelas acendendo uma a uma. O Cheiro de café, barulhos de copos e pratos, choros, água escorrendo, pássaros ligeiros e um leve cheiro de vapor de água.
Da exaustão, da tentativa desesperada em se esquecer e ao lado mais escuro. Os dias correram naquela velocidade estranha de quem espera sentado. O tempo que se desfez em pequenos fragmentos de risadas, de olhares e formas de amor. Sim, o tempo requebrado, recortado em milhões de segundos. Assim, como nas letras de música, como nas vezes em que deitamos na cama e ali resgatamos promessas e deixamos uma fé para o futuro. Foi esse o tempo que você quebrou. Marteladas e estilhaços.
E tudo isso, na minha inconstância, na falta de vontade ou atitude. Tudo o que era para ser meu. Agora, tudo vai amanhecendo. A falta de coragem em continuar doando minha vida. Ao nada, ao desespero à calmaria de todas as manhãs.
Dormi por horas de ontem para hoje. Os olhos pesados, o corpo exausto de tudo, de pensar, de deter e de recolher pedaços da realidade. E agora, tudo vai amanhecendo aos poucos. Lembranças de ontem e saudades do amanhã.

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