Nunca setembro demorou tanto para passar. Vagaroso, eu diria. Os dias tão instáveis, presos e seguros por um único fio, fino e delicado. E tudo isso pela sinceridade de deixar de lado os motivos para sorrir, deixar de lado os olhares, o corpo, as formas de diversão. Tudo colocado na espera. Nunca tudo isso demorou tanto para passar. Esse ceticismo em não acreditar em nada e o o orgulho que deixou de ser passageiro. Os longos chuviscos do inverno nada frio, sem mãos no bolso, somente o recolhimento necessário. Nunca em setembro tudo ficou tão sem sentido, como agora. Os passos largos, a pressa de acordar e a ansiedade em dormir.
Como se mede um caminho quando não conseguimos ver o fim? As pessoas ao redor, os carros passando apressados, os faróis verdes, vermelhos, pontos, pessoas, casacos, calçadas e fachadas. E mesmo as coincidências parecem ter se perdido nas entrelinhas de tantos pensamentos entorpecidos. Vozes e cores, música para deitar.
Depois disso, acho que nunca nada será igual.
Ainda assim, setembro nunca demorou tanto para passar.
Como se mede um caminho quando não conseguimos ver o fim? As pessoas ao redor, os carros passando apressados, os faróis verdes, vermelhos, pontos, pessoas, casacos, calçadas e fachadas. E mesmo as coincidências parecem ter se perdido nas entrelinhas de tantos pensamentos entorpecidos. Vozes e cores, música para deitar.
Depois disso, acho que nunca nada será igual.
Ainda assim, setembro nunca demorou tanto para passar.
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