Isso eu nunca vou saber. Do que é feito um abraço desse jeito ou como deve ser um conselho dele. Nunca vou entender tantos motivos e tantas desavenças. Das broncas que nunca levei, dos passeios aos domingos em que nunca fui, das conversas e do jeito de acreditar em mim. Nunca vou saber do que é feito esse amor. Tive dela, o amor dos dois. Tive dela as broncas e os passeios. Os conselhos sempre racionais e a delícia de ser abraçado. Dele, ficou faltando muito. Dele faltou tudo. Nos momentos mais tristes, na ausência dela e no caminhar. Nunca saberei o que é desabafar, falar de como, às vezes , eu detesto o meu trabalho e dos meus amores impossíveis. Ele que nunca se manifestou e eu que fui obrigado a me reconciliar com uma história que eu nunca tive. Isso eu nunca vou saber. A delícia de sentir-se filho. A delícia de ser abraçado e amado por ele ou mesmo um carinho com as mãos fortes que eu herdei. Os passeios de bicicleta, as brincadeiras mais bobas e até mesmo os péssimos hábitos adquiridos. Dele, só as lembranças que me esforço para esquecer.
Isso eu nunca vou saber. Se tem explicação, se é só o jeito que as coisas são. Dele que herdei as mãos e o queixo dividido.
Mas procurei muito dele em todos os lugares. Procurei em mim. Procurei em braços estranhos. E ficou só isso. O espaço vazio que ele deixou e minha adoração por mãos. Talvez um dia eu saiba o que é ser, mesmo não tendo recebido.
Isso eu nunca vou saber.
Dele, nunca saberei o porquê de tanto desamor, tanta resistência e tanta amargura. Dele eu nunca vou ouvir. E ainda assim, desejei ontem, no escuro do meu inconsciente um feliz dia dos pais.
Isso eu nunca vou saber. Se tem explicação, se é só o jeito que as coisas são. Dele que herdei as mãos e o queixo dividido.
Mas procurei muito dele em todos os lugares. Procurei em mim. Procurei em braços estranhos. E ficou só isso. O espaço vazio que ele deixou e minha adoração por mãos. Talvez um dia eu saiba o que é ser, mesmo não tendo recebido.
Isso eu nunca vou saber.
Dele, nunca saberei o porquê de tanto desamor, tanta resistência e tanta amargura. Dele eu nunca vou ouvir. E ainda assim, desejei ontem, no escuro do meu inconsciente um feliz dia dos pais.
1 comment:
ó... vamos ver se eu consigo escrever:
Mas assim... essas perguntas, vc ainda pode fazer, ele ta lá, largado na velhice dele e mesmo assim, pelo que vc me conta bem lúcido!
por pior que sejam, existe alguma, vc tem fotos dele e acesso a ele... Ele não teve que ser laçado pra te registrar e fugiu como um procurado da justiça para não ter que te assumir... por pior que seja, vc teve um exemplo de como não fazer e por pior que seja, vc pode jogar tudo isso na cara dele... aproveita, ta em tempo ainda de ter pelo menos 1 dia incrível com teu velho!
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