Monday, June 29, 2009

Por ai, vai.

Seja no céu, no céu de estrelas cadentes, seja pela ponte, fonte, cor, som ou borbulhar. Lá ou aqui. Tudo que é errado, duvidoso ou mesmo infeliz. São dúvidas somadas à vida. A vida como um mero acaso. Uma mera coincidência de fatos e eventos dispersos. Desse mesmo destino desfeito. Destino. Do latim destinare. Trazer junto. Esse pequeno significado impresso nas páginas do dicionário de latim e a busca pelo sentido. Destino. Seja no céu, nas linhas escritos sobre o corpo, uma pequena cidade. Das forças ocultas da antiguidade, a fome de vencer obstáculos. Letra de música e livros empoeirados na estante. Esse mesmo destino de unir, des-unir ou subverter a realidade. Da ponta dos dedos, a água mágica, da ponta do cabelo a gota da manhã, dos suor, do tempo estático. Seguro nos braços, seguro nas palavras mal faladas, seguro pelo olhar. Seja pelo céu, seja pela loucura das estrelas, seja pelo antes e pelo depois das marcas, da cidade, do luar, ruas, estradas, destino ou pela desunião. Fruto do acaso, fruto dum ar diferente. Pequenas orações. Frases curtas. Pequenos detalhes de tudo. Um pouco de tudo. Um pouco das linhas barrocas, muito de mim, da minha pele, dos meus traços e ossos. Muito da vida que sai facilmente pelas minhas mãos. A ponta dos dedos querendo mostrar paisagens desconhecidas. E por ai vai, seja pelo céu ou pelas estrelas, caminhos desiguais, certos e inesperados.

Por ai vai.

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