As evidências não enganam. Aquela estranha dor no peito, a vontade de correr, o sonho quase perfeito se não fosse pelo despertar, a soma de medos e vontades; aquilo que dá alegria, mesmo não sendo feliz. Sinais de que algo está estranho. A força de se arrumar, de entrar pela porta aberta e deixá-la aberta. Sem freio, sem vontade de parar. Os sinais e as evidências.
A dor de que algo possa acabar. A dor de que algo possa começar. Do início ao fim. Aquele meio perdido entre correrias e vontades que terminaram num grave acidente. Feridos, recuperados e cicatrizes. As evidência, não, não enganam. Sabotamos a vontade, escondemos o olhar - e o movimento de suas direções, e antes mesmo que possamos perceber algo nos empurra bruscamente para outro lado. E reiventar uma história, escrevê-la como achamos que ela deva ser contada, isso, isso sim evidência de que algo atingiu graves consequências. É o vício, a droga mesmo que percorre o sangue e o corpo. O vício. Esse, é o meu vício favorito.
Quem pode me culpar por entregar flores e remeter cartas sem destino? Quem pode me culpar por querer a droga como organismo físiológico? Sim, deixa essa droga em mim. Antes ela, do que sem ela.
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