O ano que começou lento, termina rápido. Aqui, registros, declarações, amantes inventados. Tudo que foi perene. Antes e depois de tudo que começou. Pela estrada a fora. Tudo o que poderia ter sido e não e o que foi e não deveria ter sido. Ainda restaram alguns minutos preso em alguns instantes, mas isso é poesia de outra ordem. Hoje, ficou aquela antiga vontade, mais forte do que nunca de ir embora. De me afastar. E mesmo ouvindo aquela frase, tu não te moves de ti, eu ainda sinto que a partida, enfim, chegará. Para quem lutou e perdeu. Quantas vezes podemos nos recuperar de um tombo? E quanto mais poderia bater o meu coração? Amar, tornou-se o fardo dos fardos. Algo como o costume em perder. Só um registro mal desenhado, meu e daquele que amo.
Demorei, talvez, mais de um ano, ou 23 anos, para descobrir o que é realmente o amor. Enfim, chegar esse sentimento. E quando descobri, terminei comigo mesmo. Por onde olho. Minhas paisagens, todos aqueles que beijei, que dormi, que me aproximei. Ninguém conseguiu realizar tanto quanto você fez, em tão pouco tempo, dentro de mim. Encontrar uma parte, um fragmento de quem somos. O amor que nos deixa altruístas. O amor que me fez querer ser melhor e largar velhos hábitos. O amor que nasceu precoce. O amor que me engrandeceu e me fez tremer. Mas é o mesmo amor que fez com que eu chorasse. Por vezes de felicidade. Por vezes, de tristeza. Aqui, só um registro. Escrevi pouco dele, pouco do amor, pouco de mim e do passado.
Mas deixo aqui, o registro desse blog que me acompanhou. Ele ficará aqui, mas sem a minha mão. Só, como um dia ele começou. Deixo às canções tudo o que fiz.
Me despeço já com saudade. Enfim, foi uma cria.
Deixo aqui, meus pequenos registros. Deixo aqui,
um pouco de mim.